Um famoso ex-jogador de futebol tornou- se alvo da Receita Federal da Espanha após ter movimentações suspeitas detectadas nas contas de umas de suas empresas: a Kosmos Football.
De acordo com informações do jornal espanhol El Economista, as suspeitas do fisco espanhol recaem sobre o acordo da organização comandada pelo ex-jogador de futebol Gerard Piqué para a organização da Supercopa da Espanha na Arábia Saudita.
Ainda segundo a publicação, o tribunal responsável pela investigação pediu informações a um dos bancos onde Piqué possui conta sobre as motivações e os destinos dos recursos identificados nas transações milionárias.
Além disso, a Receita Federal também identificou ao longo das investigações que entre os pagamentos informados, há outros suspeitos em outras contas de outros bancos
Entenda a mais nova polêmica em que o ex-jogador de futebol Piqué está envolvido
Segundo os documentos que foram acessados pela Unidade de Apoio à Procuradoria Especial contra a Corrupção e o Crime Organizado, a entidade saudita Sela Sport Company Limited, encarregada da organização do evento, efetuou uma transferência de 1,99 milhão de euros em 12 de outubro de 2021 para o ex-jogador de futebol e outro pelo mesmo valor apenas dois dias depois.
Entretanto, no mesmo dia em que recebeu a segunda transferência, Piqué fez uma transação em que foram envolvidos cerca de 670 mil euros para um destinatário desconhecido. A sinalização para a movimentação financeira seria o pagamento de impostos, algo que foi negado pelo Tesouro da Espanha.
Contudo, mesmo que a investigação esteja ocorrendo em segredo de Justiça, o periódico afirma que o Tribunal exigiu ao Caixabank – instituição onde ocorreram parte das transações suspeitas – uma explicação para estes pagamentos ocultos.
Uma possibilidade apontada durante o processo é que esses pagamentos possam ser pagamentos a testas de ferro do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales. Entretanto, a Justiça segue em busca de provas que comprovem esta teoria.
A reportagem do El Economista ainda aponta que a movimentação no Caixabank não é a única que levantou suspeitas do Tesouro. Assim, uma conta do FC Andorra, clube que é do ex-jogador de futebol Piqué, também se encontra na mira da Justiça da Espanha.
Segundo as investigações, o Tesouro espanhol vem solicitando que haja o fornecimento de provas das saídas de fundos das contas do clube, uma vez que este teria recebido cerca de 4 milhões de euros entre junho e março de 2022 da Kosmos Football.
Por fim, a Receita Federal espanhola ainda aponta que o jogador teria recebido 24 milhões de euros em comissões para gerir a Supertaça da Arábia Saudita, que foram divididos em oito pagamentos entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2022.
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