Nesta quinta, 2, uma das operadoras de telefonia que já esteve entre as principais do país passou por um dia de terror na Bolsa. fechando o pregão em queda de 31,78%, a R$1,61.
Esta queda vertiginosa acontece após a empresa entrar na Justiça do Rio de Janeiro solicitando uma liminar que a proteja dos credores para os quais a operadora está devendo R$29 bilhões.
Entre os credores da operadora estão bancos e detentores de títulos. A medida acontece após a Oi sair de um processo de recuperação judicial em dezembro do ano passado. A operadora afirmou que tentou entrar em um acordo com os credores para renegociar a dívida, mas não conseguiu sucesso.
A operadora afirmou que não consegue arcar com os R$ 600 milhões que deve aos detentores de títulos em 5 de fevereiro, o que causaria a aceleração de quase todas as dívidas financeiras da empresa. O processo corre “em segredo de justiça, como é praxe em pedidos como este”, afirmou a Oi.
“O não pagamento de mais de R$ 600 milhões que vencem em 5.2.2023, dentre os quais mais de US$ 82 milhões devidos a título de juros para os bondholders [detentores de bônus], acarretaria o vencimento antecipado da quase totalidade da dívida financeira acima apontada, por conta das cláusulas de vencimentos antecipado e cruzado previstas em seus contratos financeiros”, disseram os advogados da Oi no texto, ainda segundo o Valor.
Segundo o fato relevante, este pedido de liminar tem como objetivo “a proteção do seu caixa e, consequentemente, a continuidade das negociações com os seus credores de forma equilibrada e transparente”. Fora isso, se dá “no contexto das discussões e tratativas com credores da Oi envolvendo uma potencial renegociação de certas dívidas da companhia”.
A operadora espera a manifestação do juízo e afirmou que vai manter o mercado informado.
Se o passivo declarado pela operadora Oi se confirmar após um possível pedido de recuperação, a empresa irá figurar duas vezes na lista das cinco maiores operações de recuperação da história do Brasil: em segundo e quinto lugar.
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