Rotativo do cartão de crédito vira uma bomba para brasileiros. Conheça alternativas menos ‘salgadas’

Pontos-chave
  • Rotativo é crédito mais caro do mercado
  • Confira algumas alternativas disponíveis

Em dezembro de 2022, os juros do rotativo do cartão de crédito aumentaram 13,9 pontos percentuais, indo para 409,3% ao ano. Considerando o último ano como um todo, a taxa subiu em média 61,9 pontos. Saiba mais sobre a modalidade e algumas alternativas.

O rotativo do cartão de crédito é acionado sempre que o usuário não paga o valor total da fatura, e o débito em aberto é cobrado na fatura do mês seguinte com juros. No rotativo também são considerados os saques efetuados na função crédito do cartão.

Caso o cliente fique inadimplente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou ofertar uma outra maneira para que a pessoa consiga pagar o débito de forma mais vantajosa num período de 30 dias.

A taxa de parcelamento do cartão cresceu 2,4 pontos indo para 182,4%. Desta forma, a taxa de juros total do cartão de crédito ficou em 94,1% dezembro. Por fim, no cheque especial, taxa de juros cobrada em dezembro foi de 131,9%, 1,6 ponto a menos que no mês anterior.

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Alternativas para fugir do rotativo

Cheque especial 

O cheque especial nada mais é do que um tipo de crédito oferecido pelo banco. O funcionamento é similar ao de um empréstimo pré-aprovado que o banco deixa a sua disposição para ser usado a qualquer momento. É justamente esta facilidade que o torna perigoso. Cada cliente possui um limite diferente que varia de acordo com a avaliação da instituição.

Esta modalidade de empréstimo é cara pois ele é concedido sem que o banco tenha nenhuma garantia, diferente do empréstimo pessoal, por exemplo.

Neste caso, o interessado deve comparecer ao banco, negociar as condições e assinar um contrato para conseguir o dinheiro emprestado.

Já no cheque especial, o dinheiro fica a disposição para que o cliente utilize quando achar necessário. Esta facilidade faz com que muitos usem limite do cheque especial como se fosse uma extensão da conta corrente.

Empréstimo 

Caso esteja com a grana curta e precise de um empréstimo, uma opção mais segura pode ser procurar seu banco para conhecer créditos menos caros para obter o dinheiro necessário para ficar no azul.

Uma dica é pegar um empréstimo que oferece taxas de juros mais amenas para pagar uma dívida mais elevada.

O empréstimo consignado é uma das modalidades de crédito que possuem as menores taxas do mercado. Nesta modalidade, o valor das parcelas é descontado diretamente do salário ou do benefício do INSS, o que faz o risco de inadimplência cair, baixando as taxas de juros.

Os trabalhadores assalariados só podem tomar um empréstimo consignado através do banco pelo qual recebe seu pagamento ou por meio de uma outra instituição conveniada com a empresa ou com o governo.

No entanto, para aposentados e pensionistas do INSS é possível contratar o empréstimo banco que desejar e possui mais flexibilidade para busca as melhores taxas de crédito.

Caso você não possa contratar o crédito consignado, uma boa opção é optar pelo empréstimo pessoal. Esta opção deve ser considerada antes de pensar em parcelar as compras com juros, usar o cheque especial ou parcelamento de fatura.

Parcelamento no cartão de crédito

Esta é uma prática muito comum no Brasil e grande parte da população brasileira já fez compras parceladas. De acordo com um estudo do Datafolha, 75% dos brasileiros que usam o cartão têm o hábito de parcelar compras sem juros.

O parcelamento no cartão de crédito é uma operação simples similar a um “empréstimo instantâneo”, pois primeiro o produto é adquirido e o cliente vai pagando aos poucos em parcelas determinadas no momento da compra.

O imprescindível usar o cartão do cartão de crédito de maneira responsável. Evitar comprar por impulso e adquirir produtos parcelando o pagamento somente quando for realmente necessário e não houver juros aplicados na operação.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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