Números de contas bancárias que cada brasileiro tem é surpreeedente e pode causar estas consequências

Abrir conta em banco nunca foi tão fácil como nos últimos anos. Com a popularização dos bancos digitais, ou fintechs, com poucos cliques uma pessoa abre uma nova conta. Com o crescimento da concorrência no sistema financeiro, as instituições passaram a ofertar cada vez mais serviços e vantagens para atrair a atenção das pessoas. Com isso, a quantidade de contas que cada pessoa tem cresceu de forma significativa.

Em outubro do ano passado, de acordo com o Banco Central, em média os brasileiro tinham 5,2 contas em diferentes instituições do Sistema Financeiro. Com isso dá para notar um crescimento expressivo quando comparado ao ano de 2012, quando as pessoas possuíam em média 2,1 contas. Mesmo comparando com dados de 2018, o aumento é impressionante saltando de 2,4 contas para as 5,2 atuais.

Mas o que esse aumento na quantidade de contas bancárias pode trazer de consequência para a vida financeira dos brasileiros?

O lado bom desta história é que com o aumento da concorrência, as instituições tiveram que se mexer e oferecer melhores serviços e vantagens para as pessoas, especialmente em uma época onde trocar de banco é muito simples. Mas é preciso ficar atento para não se enrolar com as contas.

A diretora comercial Thaís Alcantara disse ao Valor Investe que possui contas em alguns bancos digitais para aproveitar as vantagens que cada um tem a oferecer, como isenção de taxas, investimentos, entre outros.

Ela relatou que só se enrolou com as contas uma vez. “Faço um controle numa planilha, com tudo o que entra e sai. Sempre tive muito claro os meus limites e faço bom uso do cartão de crédito, aproveitando milhas e pontos”, disse ela ao Valor.

Mas, a situação vivida pela analista de recursos humanos, Adriene Barbosa foi diferente. Com a explosão dos bancos digitais, ela abriu conta em instituições que ofertavam serviços mais vantajosos ou baratos. Mas, a grande quantidade de cobras acabou atrapalhando a organização de seu orçamento.

“A grande questão é que, depois de um tempo, tudo virou uma bola de neve. Eu tinha e usava vários cartões de crédito. Às vezes, eu usava algum que tinha um limite baixo para fazer uma compra específica e me esquecia de pagar. Quando eu via, estava com dívida. Acabei me enrolando nesse sentido”, disse ao Valor.

Sendo assim, mesmo com todas as facilidades oferecidas, é preciso ficar atento as finanças para que as vantagens não se tornem dor de cabeça no futuro.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.