Fim das três barras por R$ 10? Marcas de chocolate estão irritadas com a Americanas

Uma das principais promoções de chocolate do varejo brasileiro está em risco devido à crise da Americanas. Segundo a lista consolidada dos credores da empresa, que foi apresentada a pedido da Justiça para a homologação do processo de recuperação judicial, a companhia deve mais de R$ 429 milhões às principais marcas de chocolates do país.

Fim das três barras por R$ 10? Marcas de chocolate estão irritadas com a Americanas (Imagem: FDR)

Segundo dados que foram revelados na última quarta-feira (25), a Nestlé é quem tem o maior valor a receber: cerca de R$ 259 milhões. Em segundo lugar ficam is débitos com a Mondelez Brasil – conglomerado que reúne os chocolates Lacta e Milka – orçado em mais de R$ 93 milhões.

Além delas, outras marcas conhecidas também estão sendo afetadas, como é o caso de Masterfoods Brasil Alimentos, dos chocolates da Mars, como M&M’s, Snickers e Twix (R$ 19,9 milhões), Hershey (R$ 16,7 milhões), Neugebauer (R$ 15 milhões), Ferrero do Brasil (R$ 14,8 milhões) e Arcor (R$ 5,2 milhões).

As empresas que podem ser consideradas “sortudas” por terem os menores valores a receber são a Lindt (R$ 3 milhões), a Peccin, dos chocolates Trento, (R$ 1,9 milhão) e a Garoto (R$ 105,76).

Crise pode afetar o preço dos chocolates na Páscoa

Maior revendedora varejista de ovos de Páscoa no planeta, a Americanas está com este posto em risco devido ao rombo de mais de R$ 40 bilhões em suas finanças. Assim, os grandes fabricantes, tradicionais parceiros da companhia, estão preocupados com uma provável queda nas vendas em 2023.

Dessa forma, há um risco considerável de que ocorra uma sobra de ovos de chocolate este ano, já que, nos últimos anos, a Americanas era quem melhor conseguia colocar estes produtos à venda com preços abaixo da concorrência, que garantia um altíssimo volume de vendas. Algo que não se espera do potencial dos supermercados neste ano.

Confira a dívida da Americanas com marcas de chocolates

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