Lula reduziu Bolsa Família de R$ 600 para R$ 150? Fato ou fake?

Circula pela internet nos últimos dias, boatos de que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reduziu o valor do Bolsa Família. Os rumores são de que o petista descumpriu a promessa de pagar um benefício no valor de R$ 600 e passou a viabilizar somente R$ 150 para os beneficiários. 

Lula reduziu Bolsa Família de R$ 600 para R$ 150? Fato ou fake?
Lula reduziu Bolsa Família de R$ 600 para R$ 150? Fato ou fake? (Imagem: FDR)

Conforme apurado pela redação do FDR, a informação de que o presidente reduziu o valor do Bolsa Família trata-se de uma fake news. Ambos os valores compõem uma nova proposta do atual governo para percorrer todo o ano de 2023. Inclusive, as quantias foram asseguradas pela Emenda Constitucional (EC) 126, que possibilitou a inclusão do benefício no Orçamento deste ano

Até a última terça-feira, 17, a publicação da fake news sobre o Bolsa Família acumulava 729 mil visualizações e 11 mil compartilhamentos no Facebook. Na rede vizinha, o TikTok, uma postagem com as mesmas informações reunia 344 mil visualizações, além de 21 mil curtidas, até a data mencionada. 

A fake news pode ser uma confusão feita com os valores pagos aos segurados do Bolsa Família. Ambos são válidos. Enquanto a parcela fixa é de R$ 600, famílias beneficiárias que possuírem crianças em sua composição, podem receber um bônus de R$ 150

No entanto, o bônus de R$ 150 para segurados do Bolsa Família também possui limitações. O pagamento da quantia extra se restringe a duas crianças por família. De toda forma, será possível obter um benefício mensal de até R$ 900

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Como garantir o bônus de R$ 150 no Bolsa Família?

Conforme mencionado, o CadÚnico será a porta de entrada para a nova versão do programa social. Logo, o cidadão de baixa renda que tiver o interesse em receber o bônus de R$ 150 no Bolsa Família deve tomar uma dessas duas atitudes:

  1. Procurar uma unidade do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e se inscrever no CadÚnico –  cidadãos que ainda não fazem parte do sistema; ou 
  2. Procurar uma unidade do CRAS para realizar a atualização cadastral – cidadãos que já fazem parte do CadÚnio. 

A família que deseja se inscrever no CadÚnico deve apresentar uma renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou seja, R$ 606,00 ou três salários mínimos como renda familiar, R$ 3.636,00

Se o grupo familiar se enquadrar nas condições solicitadas, basta procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo, situado no município em que reside. Vale ressaltar que é bastante comum ter mais de uma unidade espalhada pela cidade, com o objetivo de atender melhor cada região. 

Para se inscrever no CadÚnico é preciso:

Além do mais, é essencial apresentar pelo menos um dos documentos a seguir de todos os membros da família: 

  1. Certidão de Nascimento;
  2. Certidão de Casamento;
  3. CPF;
  4. Carteira de Identidade (RG);
  5. Certidão Administrativa de Nascimento do Indígena (RANI);
  6. Carteira de Trabalho;
  7. Título de Eleitor;
  8. Comprovante de residência atual.

Lembrando que, estes são os dados que passarão pela análise do pente-fino. A atualização cadastral é obrigatória a cada dois anos ou sempre que houver alterações na estrutura familiar, como:

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
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