Americanas terá que passar por recuperação judicial? Entenda

Diante da atual situação atual da Americanas, a relação da empresa com os credores está abalada e permanece forte a possibilidade da empresa passar por uma recuperação judicial, mesmo que ainda não tenha uma decisão.

O que acontece quando uma empresa entra em recuperação judicial?

O objetivo da recuperação judicial é o de dar um respiro para as empresas que possuem possibilidades reais de se recuperar e sair de uma má fase. Entre as consequências centrais está a dificuldade de acesso ao crédito. Por conta disso, a capitalização da Americanas é algo importante, mesmo se ela estiver passando por uma recuperação judicial.

Caso a empresa varejista precise ir por esse caminho, será necessário realizar uma solicitação  formal à Justiça e criar um plano que será submetido aos credores.

Os débitos da empresa anteriores à recuperação judicial ficam sujeiras a este plano, incluindo ainda possíveis solicitações de indenização por parte de acionistas, mesmo quando a decisão final venha depois que  a companhia já tenha em entrado em recuperação.

É necessário que o plano seja aceito por 50% dos credores. Caso aprovado, o credor que não concordar com as condições terá que aceitá-las mesmo assim. Já se o plano não for aprovado, a empresa pode ter a falência decretada.

Geralmente, os planos de recuperação pressupõem um período maior para que as dívidas sejam quitadas. Incluem ainda abatimentos no valor total, que podem chegar a 70%. Planos de recuperação judicial geralmente também envolvem venda de ativos e fechamento de lojas que não estejam correspondendo.

O que disse a empresa?

A Americanas afirmou ao UOL que a medida cautelar que foi obtida na última sexta, 13, “visa somente a sustentação jurídica necessária para que tanto a Americanas como os credores possam chegar a um possível acordo”.

Disse ainda trabalhar “para, dado o seu peso social em todo o Brasil gerando mais de 100 mil empregos diretos e indiretos, encontrar uma solução com os seus credores e, assim, a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.