Banco do Brasil foi o melhor banco do país neste aspecto

As ações do banco Bradesco estão se destacando de forma negativa entre os grandes bancos do país. Isto pode ser explicado especialmente após os lucros obtidos terem ficado muito abaixo do projetado pelo mercado. É importante destacar que depois do resultado do 3º trimestre do ano passado, os ativos passaram pela queda diária mais intensa em 24 anos.

Ao longo dos últimos doze meses até a sexta passada, 13, as ações preferenciais BBDC4, mais líquidas, tiveram uma baixa acumulada de 14,58%, ao passo que os ativos ordinários (BBDC3) tiveram  perdas de 10,43%.

Desta forma, os papéis do Bradesco foram no caminho contrário das ações de seus pares listados na B3, que tiveram desempenho positivo no período, de acordo com um levantamento do TradeMap.

A ação do Banco do Brasil (BBAS3) teve o melhor desempenho no período de 12 meses, registrando uma alta de 34,65%. Logo depois aparece o Itaú (ITUB4), com crescimento  de 13,58% para os ativos PN no mesmo período, e Santander Brasil (SANB11), com avanço de 1,6% para as units.

No acumulado do ano até a última sexta, todos os ativos tiveram ganhos e o destaque ficou para SANB11, com alta acumulada de 6%.

É importante destacar que as sessões mais recentes tem apresentado uma fraqueza maior para o setor, com o olhar dos investidores voltados também para os reflexos das inconsistências contábeis reveladas pela Americanas, no entanto com analistas do Credit Suisse enxergando um baixo risco de concentração.

Já o Goldman Sachs, ressalta que, mesmo sendo cedo para dimensionar o reflexo nos bancos, este caso provoca uma barreira a mais, já que as instituições podem ter que fazer provisões a mais.

De acordo com o Goldman Sachs, baseado nas divulgações das empresas, o BTG possui a maior exposição ao setor de varejo com 6,7% dos empréstimos, ficando à frente  do Bradesco com 5,9%, Itaú com 3,1%, Santander Brasil com 2,7% e Banco do Brasil com 1,9% no 3T22.

Analistas do JPMorgan, afirmam com base em casos passados que os bancos devem começar a provisionar por volta de 30% da exposição à Americanas, o que eventualmente pode aumentar a depender do desfecho de eventual pedido de recuperação judicial.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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