Muitos aposentados do INSS já estão sabendo do novo recurso oferecido pelo órgão, a revisão da vida toda. Aprovada no dia 1º de dezembro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o novo tipo de revisão pode aumentar ou diminuir o valor do salário previdenciário.
Quando um segurado do INSS solicita a revisão da vida toda, ele terá todo o seu histórico de remunerações analisado. A mudança é que, com esse pedido, o cálculo do valor da aposentadoria poderá ser refeito considerando salários recebidos no período anterior ao Plano Real, que entrou em vigor em 1994.
O grupo de beneficiários que pode pedir a revisão inclui os que começaram a receber a aposentadoria entre 29 de novembro de 1999 e 12 de novembro de 2019. Aqueles que se aposentaram após a Reforma da Previdência não têm direito à solicitação.
É preciso ter muito cuidado, porque depois que o pedido da revisão da vida toda é feito, o valor da aposentadoria será recalculado e não será possível voltar atrás. Sendo assim, se a inclusão dos salários mais antigos no cálculo fizer com que o benefício atual diminua, o aposentado ficará recebendo o valor mais baixo.
A nova revisão é benéfica apenas para os aposentados que ganhavam um bom salário antes de 1994. Não é simples saber se vale a pena ou não adotar a medida. Por isso, é indicado que o segurado contrate os serviços de um advogado especialista em questões previdenciárias para fazer os cálculos antes de qualquer solicitação ser feita ao órgão.
Novidade na revisão da vida toda do INSS
Quando foi aprovada pelo STF, a norma da revisão da vida toda determinava que a solicitação só poderia ser feita a partir da abertura de um processo judicial. Porém, na última segunda-feira (9), uma atualização mudou a dinâmica.
Foi incluída a opção “Revisão da Vida Toda” nas plataformas digitais do órgão previdenciário, o site meu.inss.org.br e o aplicativo Meu INSS. A atualização traz praticidade, mas pode ser um risco para os segurados que não ainda não sabem do que se trata a nova revisão.
O INSS afirmou, em declaração à Folha de S. Paulo, que a nova opção nas plataformas digitais serve apenas para diferenciar o pedido das demais revisões do Instituto, e não para dar entrada no processo de revisão da vida toda.
Mesmo após a explicação da autarquia, o IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário) reforça a recomendação do contato prévio com um profissional antes de solicitar a revisão da vida toda, inclusive pelo atalho incluído no site e no aplicativo, para que não haja risco de redução de valor na aposentadoria atual.