Uma das principais promessas de campanha do agora presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), foi de retomar o pagamento do Bolsa Família. Mas não apenas isso, além de trazer o nome do programa petista de volta, foi prometido o pagamento fixo de R$ 600 por mês, mais um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. Acontece que nem tudo poderá ser cumprido dentro do prazo previsto.
O pagamento de R$ 600 pelo Bolsa Família está garantido para janeiro, com início previsto para o dia 18. Isso foi possível porque já havia um programa, o Auxílio Brasil, que possuí todos os cadastros de quem deve receber a quantia. Logo, uma Medida Provisória foi publicada no dia 2 de janeiro de 2023 e serviu para prorrogar o pagamento com valor de R$ 600 para esse programa.
No entanto, o adicional de R$ 150 por criança de até seis anos que pode oferecer para algumas famílias o valor mínimo de R$ 750 por mês, ainda não deve começar a funcionar. O motivo é que se faz necessário um pente fino nos cadastros já existentes, para descobrir quais famílias têm direito ao recebimento dessa quantia bônus. Foi o que explicou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
“A atualização (do CadÚnico) é essencial inclusive para que a gente com segurança possa trabalhar esse acréscimo dos R$ 150 por criança. Eu preciso ter um sinal técnico de que temos segurança para eficiência (no pagamento)“, disse o ministro.
Quando começa o adicional de R$ 150 no Bolsa Família?
Wellington Dias preferiu não cravar uma data para que o bônus de R$ 150 comece a ser pago pelo Bolsa Família. O ministro evidenciou novamente a necessidade de revisar os cadastros existentes no CadÚnico, e não chamou a ação de pente fino, mas de atualização e revisão de dados.
Será por meio dessa ação que o governo federal vai excluir as famílias que não cumprem com os requisitos para ter acesso ao programa social. Bem como, adicionar aquelas que aguardam na fila de espera o orçamento que permita a sua entrada. A ideia é regularizar o funcionamento do Bolsa Família, hoje ainda pago como Auxílio Brasil.
Para não deixar a promessa sem nenhuma previsão de ser cumprida, o ministro do Desenvolvimento Social deu um possível prazo para que o adicional para crianças de até seis anos seja incluso. Considerando o período que será necessário para avaliar os cadastros existentes, e finalizar os relatórios que faltam.
“Estamos trabalhando inicialmente numa perspectiva de 90 dias, mas estamos agora com as nossas equipes técnicas debruçadas nas alternativas exatamente para trabalhar o menor prazo possível. Fazer com que tenhamos um Cadastro com segurança e eficiência, para chegar aos benefícios a quem de direito e é claro desligar quem não tiver preenchido os requisitos“, falou.