Reforma da Previdência volta a agitar os palanques. Confira o que está em jogo

Com as atenções voltadas paras as reformas econômicas do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o mercado financeiro também está atento as sinalizações de mudanças em medidas já aprovadas em governos passados. Ontem, 4, um dos assuntos em destaque foram os rumores de mudanças na Reforma da Previdência, que foi aprovada em 2019.

Um dia antes, Carlos Lupi, novo ministro da Previdência Social, fez críticas durante seu discurso de posse a reforma da previdência realizado no governo de Jair Bolsonaro. Ele a chamou de “antirreforma”  e deu indícios de que irá debater mudanças.

Já ontem, Rui Costa, ministro da Casa Civil, falou a jornalistas que o atual governo não está discutindo atualmente a revisão de reformas anteriores, inclusive a da previdência.

A fala foi dada logo depois da cerimônia de posse do vice-presidente Geraldo Alckmin no comando do Ministério do Desenvolvimento. O vice-presidente, inclusive, se mostrou favorável a continuidade da agenda de reformas em seu discurso, destacando a tributária.

“O fortalecimento da nossa indústria passa, invariavelmente, pela redução do custo Brasil e pela melhoria do ambiente de negócios no país. Nesse contexto, a reforma tributária é fundamental”, falou Alckmin.

Carlos Lupi, presidente do PDT e que atuou como ministro do Trabalho na gestão passada de Lula, defendeu uma debate “com profundidade” da reforma da Previdência. “Quero formar uma comissão quadripartite – com a representação dos sindicatos patronais, sindicatos dos empregados, sindicatos dos aposentados e o governo -, nós precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previdência, discutir com números e com profundidade”, disse ele.

“A Previdência não é deficitária, vou provar a cada dia que eu estiver à frente deste ministério”, disse.

Repercussão no mercado

Através de um relatório remetido aos seus clientes, a XP afirmou que “o noticiário político segue adicionando pressão no cenário doméstico – com dúvidas na dinâmica da dívida pública nos próximos anos e temores sobre eventual revogação de leis e reformas – agora com a possibilidade de nova reforma na Previdência”.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, disse ao Invest News que a “reforma da Previdência é o foco do terror do mercado financeiro”. “O fluxo de informações só nos faz crer que a situação fiscal não tem absolutamente nenhum motivo para ser projetada como melhor, especialmente com membros do governo já rapidamente tentando impor à gestão anterior os possíveis movimentos que realizarão.”

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.