Bolsa de Valores: Petrobras volta bom crescimento por conta deste motivo envolvendo novo Governo

Na sessão desta quarta, 4, as ações da Petrobras saíram de uma sessão de queda para ganhos no começo da tarde, depois das indicações para CEO da empresa pelo governo Lula, além, de uma melhora geral do mercado.

Às 13h15 (horário de Brasília), as ações da Petrobras PETR3 cresciam 4,26% (R$ 26,90) e as PETR4 conseguiram subir5,64%, a R$ 23,60; os ganhos de fechamento foram menores, de 1,67% (R$ 26,23) e 3,18% (R$ 23,05) de forma respectiva, mas mesmo assim consideráveis. 

No entanto, no acumulado dos três primeiros pregões deste ano, ainda é vista uma desvalorização de quase  6%. É importante destacar que a sessão foi de grande queda para o petróleo, com o brent encolhendo mais de 5% e operando abaixo de US$ 80 o barril.

O senador Jean Paul Prates, indicação do governo para a Petrobras, disse em uma entrevista que não acontecerá uma intervenção direta nos preços dos combustíveis. O plano é não acompanhar mais o preço de paridade de importação (PPI) para calcular as cotações de venda de seus produtos refinados. “Hoje você simula um diesel feito em Roterdã, mais um frete, mais outras despesas e aplica no preço. Isso não premia quem produz aqui”, disse.

Ele disse ainda que aumentar a capacidade de refino da Petrobras e diferente de construir novas refinarias. O senador disse que é possível subir a capacidade de refino utilizando as mesmas instalações da refinaria já existente com pedaços novos para determinados tipos de combustível”.

Jean  disse que tudo será feito sem tabelamento e sem intervenção direta no mercado.

As falas do senador batem com o que ele vinha falando sobre o tema, porém, serviam como argumento para uma melhora dos papéis depois de consecutivas quedas e sensibilidade de agentes financeiros sobre o tema. Prates ressaltou também que o fato de dizer que vai acabar com o PPI “não quer dizer absolutamente que você vai se desvincular das oscilações internacionais”.

“Apenas que você vai usar mais o fato de você produzir domesticamente em favor da economia brasileira”, disse. No entendimento dele, uma vez que o Brasil produz grande parte dos combustíveis de forma local, não faz sentido se guiar pela paridade de importação.

“Como vai fazer isso, nós vamos discutir com todas as partes interessadas e misturadas nesse processo, inclusive o Ministério da Fazenda”, disse ele.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.