O governo do Japão está se planejando para instituir mais uma política de incentivo à natalidade no país. Dessa forma, a autoridade nipônica deseja presentear país que tiverem bebês com 80 mil ienes, aproximadamente R$ 3,1 mil.
Vale lembrar que o Japão já paga aos papais e mamães cerca de R$ 16,2 mil ou 420 mil ienes no nascimento de cada criança. Entretanto, o valor não parece ser atrativo para convencer os casais do país a engravidarem, uma vez que o custo médio para se ter um bebê no país gira em torno de 437 mil ienes (R$ 16,9 mil).
Por que os casais do Japão não querem ter mais filhos?
De acordo com uma pesquisa publicada pelo jornal japonês Mainichi, três motivos são os principais para que os casais do país hesitem na hora de ter filhos, sendo eles, o alto custo de vida alto no país, a estagnação da renda e a falta de vaga em creches.
Outro fator que pode influenciar na decisão é o alto custo do juku, modalidade de aulas extras, que é muito popular no país, voltada para que as crianças entrem em boas escolas secundárias e possam ingressar em universidades de qualidade reconhecida.
Por fim, uma vez que alcança o ensino superior, o filho pode gerar altas despesas ao orçamento familiar, pois as universidades são bem caras no Japão. Normalmente, uma pessoa passa entre quatro e cinco anos para se formar no curso superior no país e, para se manter estudando, boa parte dos estudantes trabalha em meio período.
Além da recompensa em dinheiro de 80 mil ienes, o Japão já ofereceu outros benefícios visando deter o declínio alarmante das taxas de natalidade no país. Contudo, nem a oferta de carros e moradias em regiões rurais incentivou os casais japoneses.
A prova dessa queda livre é que a população japonesa tem diminuído nos últimos anos. Em 2021, foram contabilizados 125,7 milhões de japoneses no país – abaixo do pico de 128 milhões, que foi registrado em 2017.
Segundo dados do Ministério da Saúde do Japão, pouco menos de 385 mil bebês nasceram no país nos seis primeiros meses do ano. O que revela uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.
A pasta projeta que o país terá uma margem de nascimentos abaixo dos quase 812 mil, que foram registrados em 2021. Além disso, provavelmente, não atingirá a marca de 800 mil, algo que nunca aconteceu desde o início da contagem, em 1899.
