Adeus Brasil: Alemão que foi sequestrado e teve quantia surpreendente em bitcoins roubada está de saída

Após ser sequestrado na cidade de Anápolis, em Goiás, um empresário alemão voltou para o continente europeu. Com um prejuízo de R$ 50 milhões em bitcoins, o germânico decidiu viajar para a Europa com a sua família, pois os suspeitos do crime ainda seguem em liberdade.

Adeus Brasil: Alemão que foi sequestrado e teve quantia surpreendente em bitcoins roubada está de saída (Imagem: FDR)

Segundo o advogado da vítima, Fabrício Pereira de Souza, o empreendedor ficou bastante traumatizado com a experiência, que ocorreu no ano de 2020. Para ser libertado, o alemão precisou pagar 555 bitcoins aos criminosos.

“Eles pediram para a gente abaixar a cabeça e cobriram. Paramos em frente a uma casa. Dois deles saíram, tiraram o computador e voltaram. E então dirigiram por mais ou menos 15, 20 minutos. E nós chegamos em algum lugar no meio do nada”, relatou o empresário em entrevista ao Fantástico, na época do crime.

Após a realização da transferência, a Polícia Civil do Estado de Goiás rastreou os beneficiários dos valores obtidos com as criptomoedas. Assim, segundo a investigação, os próprios suspeitos e suas respectivas namoradas receberam recursos provenientes das transações.

De acordo com a polícia, os quatro investigados trabalham como traders, pessoas que atuam comprando e vendendo ativos financeiros e criptomoedas nos mercados de capitais.

Como foi o sequestro do alemão em Anápolis?

Na ocasião, o casal chegou em casa e foi abordado pelos sequestradores, que logo os colocaram dentro de um veículo ainda na garagem da residência. Assim, os criminosos ainda roubaram o computador do empresário para poder realizar as transações.

Dessa forma, assim que chegaram a um matagal, perto da Base Aérea da Aeronáutica, os sequestradores fizeram o pedido de resgate para a própria vítima. Os sequestradores não queriam dinheiro, carros, joias ou transferência bancária. Eles queriam as criptomoedas que o alemão tinha em sua carteira de investimentos.

Quem tem moedas virtuais, necessariamente as guarda no computador pessoal ou no celular. Por isso, só o dono tem a chave de acesso a elas. Dessa forma, após quatro horas depois no cativeiro, com a transferência concluída, o casal foi abandonado no local.

De acordo com o advogado, o empresário conheceu os traders por meio de amigos próximos. Eles se encontraram depois em reuniões de negócios, em São Paulo. Para ele, foi proposto um investimento em aplicativos, em que ele teria que desembolsar US$ 3 milhões, mas preferiu não fazer o negócio.

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