Fundos Imobiliários são uma boa opção para 2023? Estes são os favoritos dos especialistas

Ao longo das últimas semanas, os fundos imobiliários passaram por quedas acentuadas em decorrência da elevação da Selic. Isto acontece pois os juros altos prejudicam o setor de duas formas: diminuindo a atratividade da renda variável, o que faz com que os investidores migrem para a renda fixa e diminuindo a demanda por imóveis, já que juros altos se refletem diretamente no poder de compra.

A demanda reduzida por imóveis afeta principalmente os fundos de tijolos. Já os fundos de papel são mais resistentes ao crescimento dos juros, já que a carteira deles pode ser formada por títulos atrelados a índices que acompanham a Selic, como o CDI.

A Empiricus, a pedido do portal E-Investidor listou cinco fundos imobiliários que os investidores devem possuir em seu radar em 2023. As opções sugeridas por Caio Araújo, analista da companhia, são os fundos KNCR11, RBRR11, BRCO11, BCFF11 e TEPP11.

O KNCR11, fundo de crédito da Kinea, é uma boa escolha no caso de investidores conservadores, por conta da baixa vacância dos imóveis. O fundo oferta retornos de CDI + 2%. “A grande atratividade seguirá por conta das operações de crédito atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário)”, disse Araújo ao E-Investidor.

Já o RBRR11, foi listada por ser um fundo com uma estratégia de alocação mais flexível, tanto para operações de crédito ou indexações. A carteira do fundo é formada por cerca de 40 ativos, e a maior parte deles é classificado high grade (alto nível de confiabilidade).

O BRCO11, possui uma “gestão de qualidade tradicional no mercado logístico”, segundo o analista da Empiricus ao E-Investidor, uma vez  que os 11 empreendimentos que integram o fundo estão localizados em capitais, o que facilita a entrega de produtos de empresas de e-commerce para os clientes, na visão de Araújo.

O BCFF11, fundo que mostrou historicamente ter resiliência maior que a média de FOFs ao longo da pandemia. Isso porque naquele momento, em decorrência das medidas de isolamento social, estabelecimentos como os shoppings fecharam as portas, prejudicado fortemente os fundos de tijolo.

Por fim o TEPP11 possui a característica de comprar imóveis por um valor mais baixo, reformar  e revendê-los mais caro. Atualmente, o investimento possui cinco ativos na carteira, sendo que um deles “deve estar prestes a ser alienado”, disse o especialista da Empiricus ao E-Investidor.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.