Em 2023, a volatilidade pode seguir afetando os investimentos de renda variável, assim como aconteceu neste ano. No cenário doméstico, com a chegada do governo de Lula, é esperado que sejam aplicadas políticas mais expansivas de despesas e uma incerteza fiscal elevada. No exterior, a projeção é que o aperto monetário siga presente nas maiores economias e que aconteça uma possível recessão.
Tudo isso deve ser levado em conta no momento de pensar nos investimentos para o ano novo. Confira as recomendações de algumas corretoras.
Itaúsa (ITSA4) e Bradesco (BBDC4)
Geralmente o setor bancário é uma alternativa mais resiliente para fases turbulentas no mercado. Por conta disso, ele faz parte das boas recomendações para 2023, disse André Luzbel, da SVN Investimentos ao E-Investidor.
Os papéis do Itaúsa e Bradesco são os destoques de André. “São ações de empresas resilientes que a gente acredita que podem entregar bons frutos para o investidor no ano que vem e têm oportunidades até em relação a preço, dado que esses ativos não subiram tanto”.
Prio (PRIO3)
Para Leonardo Piovesan, CNPI e analista fundamentalista da Quantzed, casa de análise e empresa de tecnologia e educação para investidores, as ações da petroleira Prio é uma das que precisam estar no radar no próximo ano.
“Isso ajuda diretamente a geração de caixa da Prio, que tem 100% das receitas dolarizadas e não sofre tanto com alta de juros ou inflação no Brasil, além de ser uma empresa que está gerando bastante caixa. Atributos que ajudam a passar pelo cenário macro que ainda podemos enfrentar”, disse ele ao E-Investidor.
Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil (BBAS3)
Ambas precisam ficar no radar dos investidores em 2023, mas não pelo lado bom.
As ações das empresas Petrobras e Banco do Brasil, as principais estatais da bolsa, estando em má fase desde que Lula venceu as eleições. Os investidores estão temerosos com uma possível mudança na gestão das empresas e maior intervenção estatal.
“O investidor precisará ficar atento a essas empresas que o governo controla e pode fazer políticas que não sejam as melhores para a própria companhia”, disse Rafael Marques, da Philos Invest ao E-Investidor.