Como a Bolsa de Valores se comportou em 2022? O que esperar para 2023?

Em 2022, a Bolsa de Valores brasileira, B3, se mostrou resiliente diante de um cenário complicado no Brasil e no mundo, apesar de enfrentar uma reta final bastante volátil. Agora, mirando no ano novo, o que será que vem por aí?

“2022 foi mais um ano de bastante volatilidade nos mercados globais e que o Brasil surpreendeu em sua grande parte, se descolando dos mercados globais como uma das melhores bolsas do mundo”, disse a equipe de estratégia da XP em relatório remetido ao InfoMoney.

Os estrategistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig, que assinam o relatório, fizeram uma retrospectiva com os momentos principais do Ibovespa neste ano.

Foi destacado por eles que, diante de um cenário macro mundial muito desafiador, o Brasil se tornou o TINA ( sigla em inglês que significa“Não há outra alternativa”) dos mercados emergentes, virando o alvo de investidores estrangeiros que buscavam ativos baratos e que os protegessem de uma inflação menos transitória do que projetado.

Neste ano, o Ibovespa chegou a atingir uma alta de 40% em dólares diante das quedas de 20% a 30% nos mercados globais. Nesta reta final do ano, a maior parcela das perdas foram devolvidas com o crescimento das incertezas fiscais domésticas, ao passo que houve um impulso novo nos últimos pregões de 2022.

O que vem por aí em 2023

Na visão dos estrategistas de mercado, mesmo com as primeiras impressões negativas a cerca do novo governo que será comandado por Lula, o fluxo de investidores estrangeiros permanece forte na Bolsa.

É projetado que o Brasil permaneça forte no ano novo por conta de três razões centrais: 

  • Valuation atrativo
  • Exposição aos setores que o mercado deseja comprar
  • Combate à inflação mais avançado

“Obviamente, tudo isso depende do Brasil seguir os pilares de: controle fiscal, controle da inflação e trajetória da dívida pública. Países como Argentina, Turquia e Venezuela, são exemplos de nações emergentes que ‘submergiram’ por conta do descontrole dessas variáveis, resultando em uma grande derrocada dos seus ativos e da sua economia como consequência”, disseram os estrategistas ao InfoMoney.

Miando no ano novo, os estrategistas enxergam um horizonte mais cauteloso para as ações nacionais por cobra dos riscos domésticos e mundiais.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.