Mais ricos mudaram seu comportamento com relação à Bolsa de Valores

O mês de novembro não foi um dos mais fáceis para a bolsa de valores brasileira. As incertezas decorrentes do resultado das eleições fizeram com que o Ibovespa fechasse o período com uma queda de 3,06%, no entanto, o índice perdeu cerca de 6% ao longo do mês passado. Isto fez com que fosse detectada uma onda conservadora na carteira dos investidores, em especial entre os mais ricos.

De acordo com o levantamento semanal da Smartbrain sobre a carteira dos investidores, a participação da renda fixa aumentou novamente, ao passo que a das ações e dos fundos multimercados caiu.

O levantamento é realizado baseado na plataforma da empresa, que processa todos os dias  cerca de 340 mil extratos de investimentos, totalizando mais de R$ 250 bilhões de patrimônio analisados. 

É observado pelo estudo as carteiras de investidores dos segmentos do varejo (que possuem uma participação de 28,53%), alta renda (40,93%), private (26,85%) e ultra high (3,69%). As categorias de investimentos possuem ativos como: ações, fundos de ações, fundos multimercados, de renda fixa e imobiliários.

Ao passo que a bolsa passou por momentos tensos, a taxa Selic permaneceu em 13,75% ao ano, com uma sinalização de que o Banco Central irá mantê-la em patamares elevados. Diante disso, a participação da renda fixa na carteira do público observado pelo levantamento cresceu de 38,21% para 39,88%. Na passagem do mês de setembro para outubro, o percentual já havia crescido.

Enquanto os investimentos em renda fixa cresceram, a alocação em renda variável encolheu. Um exemplo é a participação em ações, que diminuiu de 12,24% para 11,69%. Já a dos fundos multimercados caiu de 37,83% para 35,84%.

A participação das demais classes de ativos pesquisadas passou por uma leve alta, porém ficou mais próxima da estabilidade. Os ativos de previdência, por sua vez, aumentaram de 6,22% para 6,89%. Já os fundos imobiliários saíram de 1,68% para 1,80%. A classe “outros”, que compreende, por exemplo, as criptomoedas, subiu de 3,82% de participação para 3,90%.

Da mesma forma que aconteceu em novembro, todo este cenário instável ajudou as ações conservadoras a figurarem na lista das preferidas dos investidores mais ricos. Este público  também mirou em aquelas empresas que podem se beneficiar do período de férias e festas de fim de ano.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.