Brasileiros retiram R$ 7,5 trilhões da Poupança. Onde vale a pena investir em 2023?

Pontos-chave
  • Brasileiros seguem retirando valores da Poupança
  • Saiba se ainda vale a pena investir na modalidade
  • Onde investir no ano novo

Em novembro, os saques da caderneta de Poupança superaram os depósitos em R$7,419 bilhões, de acordo com informações do Banco Central. Esta foi a sexta saída líquida mensal consecutiva da modalidade. Será que ainda vale a pena investir?

Os brasileiros depositaram na poupança no último mês R$304,580 bilhões e retiraram R$311,998 bilhões. Foi observada uma captação negativa acumulada desde o começo do ano de R$109,496 bilhões. Em 2021, a poupança passou por uma retirada líquida de R$35,469 bilhões.

A maior retirada líquida da modalidade em toda série histórica foi registrada em agosto, com R$22,015 bilhões. Apenas em maio deste ano é que a Poupança teve uma entrada líquida de R$3,514 bilhões.

Depois de diversos resultados negativos, o saldo total da poupança seguiu em baixa e com menos de R$1 trilhão, um total de 3,514 bilhões.

Após uma série de resultados negativos, o saldo total da poupança continuou em queda e abaixo de R$ 1 trilhão em setembro, totalizando R$ 986,459 bilhões.

O resultado obtido no mês passado se juntou ao rendimento de R$ 6,166 bilhões contabilizados no período. Fora isso, em novembro, os recursos da caderneta aplicados em crédito imobiliário (SBPE) tiveram um saque líquido de R$ 4,355 bilhões. Já no caso do crédito rural (SBPR), foi detectada uma saída de R$ 3,064 bilhões.

Ainda vale a pena investir na poupança?

A poupança, diante da taxa Selic em 13,75% ao ano, está sendo remunerada neste momento pela taxa referencial (TR), que está em 0,2440% ao mês (2,97% ao ano), acrescida de uma taxa fixa de 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Quando a Selic fica abaixo de 8,5%, a atualização é feita com TR mais 70% da taxa básica de juros.

Mesmo com isso, a modalidade ainda perde para o CDI (taxa de referência da renda fixa) no acumulado de 2022 e dos últimos 12 meses. De acordo com dados da plataforma TC/Economatica, o retorno da caderneta é de 7,14% no decorrer deste ano, e de 7,67% no ano passado.

Isto considerando a rentabilidade da nova caderneta e não da antiga. Todos os percentuais estão inferiores aos 11,31% registrados pelo CDI no ano e dos 12,07% detectados  pelo indicador nos últimos 12 meses. As informações foram reveladas no início desta semana.

Na comparação do retorno da poupança com a inflação, a tendência é que a rentabilidade da poupança seja maior que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que acumula uma alta de 6,47% nos últimos 12 meses até outubro, segundo a plataforma TC/Economatica e 

Não é possível dizer ainda  com certeza pois os números fechados do acumulado do último um ano até novembro só serão revelados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Onde investir em 2023

Antes de tudo é importante avaliar onde e quanto pode investir. As possibilidades foram separadas em dois grandes grupos. No grupo da renda fixa, ficam os investimentos em que os retornos são mais baixos, só que mais previsíveis quando se pode aguardar até o vencimento.

Já no grupo da renda variável, foram colocados os investimentos que, como o nome já sinaliza, passam por oscilações diárias, trazendo então maior risco. No entanto, este tipo de investimento  tem a força de fazer o seu dinheiro render bem mais.

Sendo assim, o ideal é reunir diversos ativos destes dois grupos para obter altos ganhos sem tanta oscilação. A primeira decisão é saber o quanto você está disposto a tirar do sossego da poupança para aplicar em uma modalidade de maior risco.

A instabilidade da Bolsa pode trazer receio, no entanto, para não colocar o seu patrimônio em risco, inicie com uma pequena parcela do dinheiro que está na poupança.

Uma boa recomendação de assessores financeiros é não investir todo o dinheiro de uma só vez na Bolsa. Sendo assim, você pode ir evoluindo nos aportes ao passo que for aprendendo sobre o funcionamento do investimento e descobrindo qual é a sua tolerância a risco.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.