Caixa toma importante decisão em relação ao crédito e frustra consumidores

Neste fim de ano, a Caixa Econômica está restringindo as operações de crédito em todas as suas linhas para conseguir se ajustar ao momento mais conturbado do Brasil após as eleições presidências. De acordo com fontes procuradas pelo site Valor, o motivo não é falta de liquidez, em decorrência o grande crescimento dos empréstimos nos últimos meses.

Empréstimos pela Caixa Econômica garantem menor taxa de juros. Consulte as modalidades
Caixa toma importante decisão em relação ao crédito e frustra consumidores (Imagem: FDR)

Foi assegurado por estas fontes que o novo governo comandado por Luiz Inacio Lula da Silva vai pegar um banco público equilíbrio e sólido financeiramente falando, sem ressalvas em seus balanço financeiro, além de estar protegido contra possíveis  ingerências políticas, desde que não sejam feitas alterações nas regras estatutárias e de governança.

A Caixa justificou estas restrições ao crédito alegando que está somente seguindo o mesmo caminho que seus concorrentes, em decorrência, especialmente das incertezas em meio a transição de governo, como a projeção de piora no cenário fiscal, o que se refletiu na curva de juros e exigiu uma reavaliação do risco das carteiras.

O site Valor mostrou recentemente que a Caixa Econômica suspendeu os empréstimos para estados e municípios, chamados de clientes de governo. A alegação para este ano é que o limite  liberado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) acabou. No entanto, para 2023, a orientação de dentro do banco é a de não liberar novas contratações no começo do ano.

“O cenário mudou em todos os bancos, que começam a restringir um pouco mais, a ser mais conservador no crédito”, disse uma fonte do banco ao Valor, dizendo ainda que, nestes casos é normal que a área de risco restrinja os ratings de concessão de crédito para que seja possível atingir um patamar mais confortável em métricas de liquidez. “Estamos mais restritivos, assim como o mercado”, disse.

A Caixa teve um crescimento forte de crédito no terceiro trimestre, mas também teve alguns sinais de piora na inadimplência, mesmo que ainda tenha o menor índice do mercado, por conta das garantias de financiamentos. A carteira total alcançou R$ 977 bilhões no final do mês de setembro, o que representa uma alta de 5,3% em comparação com o fim de junho e de 16% em 12 meses.

No último mês, o banco mudou seus procedimentos para ser mais rigorosa na concessão do crédito. A Caixa já ultrapassou seu orçamento total de R$ 892 bilhões, alcançando R$ 994 bilhões na carteira de crédito.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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