NUBANK toma decisão CHOCANTE em relação ao pagamento de suas AÇÕES

Na última terça, 29, o Nubank comunicou o encerramento do contrato de pagamento baseado em ações que tinha sido celebrado no final do ano passado entre o banco  e e seu fundador e CEO, David Vélez. Segundo o contrato, Vélez poderia, caso as ações da fintech disparassem, receber até 2% do capital do banco a título de remuneração de longo prazo e retenção, que se somaria à fatia de cerca de 20% que ele já tem.

Este contrato, que não contém desembolso de caixa diretamente para David, originou uma polêmica quando foi revelado por possuir valor justo previsto em US$423 milhões (a serem reconhecidos entre os anos de 2021 e 2019), montante considerado alto mesmo para grandes executivos de empresas abertas locais e internacionais.

A partir do fim deste contrato, David Vélez abre mão de receber as novas ações. No entanto, na prática, esta era uma finalidade distante, em especial num cenário de juros internacionais em alta que virou uma realidade após a abertura de capital do Nubank, colocando à prova o valor dado para empresas consideradas como “de crescimento”.

O estopim que dispararia o pagamento está conectado com a cotação das ações da fintech, que na última terça estava em US$4,26. O papel teria que ir para US$18,69 para que o CEO do Nubank pudesse receber mais 1% das ações da instituição, ou a US$ 35,30 para que ele ganhasse outro 1% do capital. 

O efeito prático mais evidente do fim deste contrato será que o banco vai retirar de sua demonstração de resultados dos próximos anos uma despesa contábil de US$ 70 milhões  por ano entre 2023 e 2026, e de valores inferiores entre 2027 e 2029, totalizando US$ 356 milhões, sem considerar os tributos.

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O banco irá contabilizar toda este gasto “futuro” de US$ 356 milhões com esse contrato agora no quarto trimestre deste ano, e a demonstração de resultados deixa de ter esse efeito nos próximos exercícios. No patrimônio líquido este gasto será compensado por lançamento positivo de igual valor. 

Isto deve fazer com que a empresa divulgue um lucro líquido contábil melhor no curto prazo.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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