Foi anunciado pelo Nubank um lucro líquido de US$ 7,8 milhões no terceiro trimestre de 2022, resultado que reverteu o prejuízo de US$ 33 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
Este foi o primeiro resultado positivo do banco digital desde a abertura de capital, que conseguiu atingir o chamado ‘break even’, que é o equilíbrio entre receitas e despesas, por conta do crescimento na quantidade de clientes e o uso de mais serviços da fintech pelos correntistas, que fizeram com que o Nubank obtivesse uma receita recorde de US$ 1,3 bilhão entre os meses julho e setembro.
Este resultado representa um salto de 171% no período de um ano, mesmo que o banco tenha passado por aumento da inadimplência na carteira de crédito.
A operação nacional da fintech já estava dando indícios de um lucro de US$ 13 milhões no segundo trimestre, no entanto a holding, que engloba todos os negócios, incluindo as subsidiárias no México e na Colômbia, ainda estavam operando no vermelho.
“É o primeiro trimestre em nossa história que conseguimos mostrar lucro positivo em nossa holding. O banco mostrou um crescimento significativo, com uma boa mistura de expansão com rentabilidade e aumento das margens”, falou ao Broadcast David Vélez, fundador e CEO do Nubank. Em sua visão, agora o Nubank consegue manter pela frente os resultados no azul, mas a meta é permanecer investindo bastante.
A carteira de crédito teve um crescimento de 83%, para US$ 9,7 bilhões. O Nubank fechou o mês de setembro com ativos totais de US$ 26 bilhões e patrimônio líquido de US$ 4,8 bilhões.
O Nubank teve um aumento de 5,1 milhões na quantidade de clientes, o que totaliza 70,4 milhões no Brasil, México e Colômbia. Este número representa um crescimento de 46% na comparação anual.
O Brasil responde pela maior fatia de clientes, com 66,9 milhões. “O número de clientes continua se acelerando”, afirmou o CEO. O balando revelou que o índice de ativação, isto é, de clientes que realmente utilizam algum serviço do Nubank ficou em 82%.
O Nubank é o banco principal para cerca de 55% dos clientes que estão há mais de um ano na casa. Em média, o custo mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu em US$ 0,80.