“Pobre no orçamento”: veja as propostas de Lula para acabar com a fome no Brasil

Frase bastante utilizada ao longo da campanha eleitoral, que se encerrou no último dia 30, com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo de transição montado para trabalhar políticas de governo até a posse tem trabalhado para “colocar os pobres no orçamento” e criar formas de frear a fome no país.

"Pobre no orçamento": veja as propostas de Lula para acabar com a fome no Brasil (Imagem: FDR)
“Pobre no orçamento”: veja as propostas de Lula para acabar com a fome no Brasil (Imagem: FDR)

Entretanto, é necessário destacar que o orçamento de 2023 foi enviado ao Congresso Nacional em agosto deste ano pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), que saiu derrotado das urnas, ainda durante a campanha eleitoral. Assim, o governo de transição vem negociando com os parlamentares para a criação de brechas que permitam aumentar as despesas com políticas públicas de combate à fome.

Entre essas medidas, os coordenadores da transição e do plano de governo do presidente Lula têm colocado três eixos como os pilares: manter o Auxílio Brasil de R$ 600 e buscar recursos para dar mais R$ 150 por cada criança com menos de 6 anos; aumentar o salário mínimo acima da inflação e isentar quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda através da atualização da tabela.

Esforço junto ao Congresso para combater a fome

Para que essas pautas saiam do papel já em 2023, a equipe do petista está em constante contato com o senador Marcelo Castro (MDB-PI), que é o relator-geral do orçamento de 2023.

Assim, o governo de transição vem trabalhando nas soluções para apresentar ao Congresso. Vale lembrar que os projetos precisam ser encaminhados e votados no plenário até o dia 16 de dezembro para que tenham validade já no próximo ano.

“O Congresso atual vai ter boa vontade. O povo decidiu nas urnas que quer ter o auxílio de pelo menos R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. Então, não acho que teremos dificuldades em aprovar isso até dezembro”, disse a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffman, em entrevista à Folha de S. Paulo.

As medidas são colocadas como fundamentais para a diminuição da pobreza e da fome no país. Contudo, o governo enxerga as políticas sociais como uma forma de também acelerar a economia do país através do consumo, que faz as vendas do comércio crescerem, a indústria produzir mais e os empresários abrirem novos empregos.