CRIPTOMOEDAS: FTX pede falência e CEO renuncia. Entenda o caso

Na última sexta, 11, a exchange de criptomoedas FTX entrou com pedido de falência nos Estados Unidos. No entanto, este não foi o único acontecimento do dia. O CEO e fundador da empresa Sam Bankman-Fried renunciou ao cargo, que será assumido por John Ray III, e disse que “ajudará em uma transição ordenada”.

“No curto prazo, temos longos dias e muito trabalho duro pela frente”, declarou Ray aos empregados através de uma mensagem obtida pelo CoinDesk. Sobre o pedido de falência, ele classificou esta situação como o “o início de um novo caminho a se seguir”.

O pedido de falência dizia que a Alameda Research possuía entre US$ 10 e US$ 50 bilhões em passivos e uma gama parecida de ativos, e faz uma estimativa de que “os fundos estarão disponíveis para distribuição a credores não garantidos”.

Segundo o comunicado da empresa, o FTX Group, que engloba a FTX.com, bem como a FTX US, Alameda Research e “aproximadamente 130 empresas afiliadas adicionais” entrou com o pedido de falência através do capítulo 11 (mecanismo parecia ao de recuperação judicial brasileiro).

Processos de falência do capítulo 11 são arquivados quando a companhia aguarda conseguir reestruturar suas operações, em vez do processo de falência do capítulo 7, que faz somente a liquidação dos ativos. Empresas que declaram falência através do capítulo 11 podem manter suas operações de rotina.

Após o pedido de falência, Bankman-Fried pediu desculpas através de uma publicação no Twitter, falando que espera “que as coisas possam encontrar uma maneira de se recuperar”.

“Estou juntando todos os detalhes, mas fiquei chocado ao ver as coisas se desenrolarem do jeito que aconteceram no início desta semana. Em breve, escreverei um post mais completo sobre cada etapa, mas quero ter certeza de que acertarei quando o fizer”, disse ele em seu perfil.

Segundo a nota, FTX Digital Markets, FTX Australia, FTX Expess Pay e LedgerX (que faz negócios como FTX US Derivatives) não estão incluídas.

“O FTX Group possui ativos valiosos que só podem ser administrados efetivamente em um processo organizado e conjunto. Quero garantir a cada funcionário, cliente, credor, parte contratual, acionista, investidor, autoridade governamental e outras partes interessadas que conduziremos esse esforço com diligência, rigor e transparência”, afirmou Ray em comunicado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.