Nesta quinta-feira (10), as falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com críticas à estabilidade fiscal, geraram bastante repercussão. O então presidente do Banco Central no governo anterior do petista, Henrique Meirelles, disparou críticas às declarações.
Sobre as falas de Lula sobre o futuro e a transição de governo, Henrique Meirelles afirmou que o petista “começou a sinalizar uma direção à Dilma”. Ele disse estar pessimista.
“Só posso dizer uma coisa a todos vocês: boa sorte”, complementa o ministro, em encontro fechado, segundo apurado pela imprensa.
Após a repercussão das críticas, Henrique Meirelles alegou que ainda é bastante cedo para estimar como será o governo de Lula.
Em meio à repercussão do discurso de Lula, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou queda de 3,35% na quinta. Na outra ponta, o dólar operou em alta de 4,14%.
Após a baixa do mercado, Lula declarou que não existe razão para o mercado “ficar nervoso”. O petista ainda disse que o mercado não chegou a apresentar um comportamento parecido ao longo do mandato de Jair Bolsonaro.
Alckmin ameniza falas de Lula
Já o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, também rebateu as críticas do mercado sobre o discurso de Lula. Segundo ele, “o presidente Lula, no mesmo discurso, falou da questão social e falou da questão fiscal. E explicitou de maneira clara”.
Alckmin comentou que Lula “já foi presidente. Assumiu um governo com uma dívida sobre o PIB de 60%, e baixou para 40%”. O futuro vice-presidente afirma que “se alguém tem responsabilidade fiscal, é o presidente Lula. Isso não é incompatível com a questão social”.
Em discurso feito pela manhã, que gerou repercussão no mercado, Lula perguntou “por que as pessoas são levadas a sofrer por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal”.
O presidente eleito questionou “por que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos, que é preciso fazer superávit, que é preciso fazer teto de gastos? Por que as mesmas pessoas que discutem teto de gastos com seriedade não discutem a questão social neste país?”.
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