Depois de ter nomeado uma equipe de transição de governos, chegou a vez do presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva (PT) chegar em Brasília (DF). Na quarta-feira (9), ele se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Nesta quinta-feira (10), o novo governante continua cumprindo agenda e dessa vez deve se encontrar também com parlamentares para, entre outros assuntos, discutir sobre o Auxílio Brasil de 2023.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também esteve presente neste primeiro encontro de Lula com os atuais parlamentares. Na primeira visita do presidente eleito em Brasília, os encontros aconteceram nas residências oficiais da Câmara e do Senado, localizadas na Península dos Ministros. Assuntos sobre o próximo governo e o orçamento de 2023 foram destaque.
Embora não tenha havido entrevista de nenhum dos políticos, por meio de suas redes sociais Rodrigo Pacheco informou que a conversa tratou de “temas institucionais”. O presidente do Senado também garantiu que há grande interesse do Congresso Nacional em manter o pagamento de R$ 600 para o Auxílio Brasil em 2023.
“Reafirmei ao presidente Lula que o Congresso irá trabalhar, de forma responsável e célere, para assegurar os recursos que garantam, em 2023, os R$ 600 do Auxílio Brasil, o reajuste do salário mínimo e os programas sociais necessários para a população mais carente do país”, escreveu Pacheco.
Como Lula pretende manter o Auxílio Brasil em R$ 600?
Na verdade, o nome Auxílio Brasil deve deixar de existir e será rebatizado como Bolsa Família. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que garantiu verba extra para pagar R$ 600 no auxílio de agosto a dezembro deste ano, termina em dezembro. Foi promessa de campanha de Lula manter este valor no próximo ano, e ainda incluir R$ 150 por criança de até seis anos.
Dados do PT acreditam que hajam pelo menos 8,8 milhões de crianças elegíveis a esse bônus adicional. Para garantir o pagamento da quantia maior a equipe de Lula deve convencer os atuais parlamentares a aprovarem uma nova PEC que permitirá a liberação de valores extras, mas sem atingir o teto de gastos.