A inflação em outubro teve um crescimento de 0,59% após três meses seguidos de deflação. O percentual atual sofreu influência da alta nos preços dos alimentos, conforme divulgado nesta quinta-feira, (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os itens que mais sofreram com a alta da inflação em outubro foram a batata, o tomate, a cebola e as frutas. Considerando somente o setor de alimentos e bebidas, o índice foi puxado para 0,72% após um recuo de 0,51% no mês de setembro. Os destaques na cesta básica ficam por conta:
- Batata inglesa: 23,36%;
- Tomate: 17,63%;
- Cebola: 9,31%;
- Frutas: 3,56%;
- Biscoito: 1,34%;
- Frango em pedaços: 1,17%;
- Refeição fora de casa: 0,61%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o preço da batata inglesa acumulou um crescimento de 48,07%. A alta da cebola foi de 78,92%. Por outro lado, o tomate ainda tem uma baixa de 15,31%.
No que compete às quedas nos preços considerando a inflação em outubro, o leite longa vida foi o que mais se destacou em -6,32% após um recuo de 13,71% em setembro. O óleo de soja também entrou nesta lista com -2,85%.
De acordo com o resultado da inflação em outubro apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta acumulada passou de 4,7% no para 6,47% no acumulado dos últimos 12 meses.
Neste sentido, o Banco Central estabeleceu uma meta para a inflação de 2022 em 3,5%. A margem de erro é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, podendo variar entre 2% e 5%.
Impacto da alta da inflação em outubro em produtos diversos
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta em outubro. Veja abaixo os itens não alimentícios que tiveram as maiores altas:
- Passagem aérea: 27,38%;
- Plano de telefonia fixa: 6,74%;
- Pacote turístico: 2,32%;
- Higiene pessoal: 2,28%;
- Emplacamento e licença: 1,72%;
- Roupa masculina: 1,70%;
- Plano de saúde: 1,43%;
- Mobiliário: 1,41%;
- Artigos de limpeza: 1,35%;
- Etanol: 1,34%.
Veja a variação mensal em cada um dos nove grupos pesquisados pelo IBGE:
- Vestuário: 1,22%;
- Saúde e cuidados pessoais: 1,16%;
- Alimentação e bebidas: 0,72%;
- Transportes: 0,58%;
- Despesas pessoais: 0,57%;
- Habitação: 0,34%;
- Artigos de residência: 0,39%;
- Educação: 0,18%;
- Comunicação: -0,48%.