Frigorífico faz evento pró-Bolsonaro e terá que pagar indenização SURPREENDENTE

O frigorífico de Minas Gerais que pressionou os empregados a vestirem uma camiseta que continha o slogan e o número do presidente Jair Bolsonaro, foi obrigado pela Justiça a deixar claro aos colaboradores que eles podem votar no candidato que preferirem nas eleições presidenciais do próximo domingo, 30.

Revelado pela Folha, o evento que aconteceu na quinta da semana passada, foi organizado pelas empresas Serradão e Frigobet, ambas do mesmo proprietário. Um funcionário contou à Folha  que o frigorífico também prometeu doar um pernil para cada empregado caso Bolsonaro for reeleito.

A Justiça deu 24 horas para que o frigorífico divulgue um comunicado aos empregados dizendo que eles são livres para votar, e que não haverá campanha a favor ou contra nenhum candidato. O documento precisa ser entregue de maneira individual, mediante recibo, enviado por WhatsApp e email, fixado em quadros de aviso e publicado na Internet.

A decisão liminar saiu ontem, 26. No entendimento do juiz Fernando Rotondo Rocha, e houve “clara tentativa de coação dos empregados rumo a um engajamento em prol” de Bolsonaro, sob a alegação de que a manutenção e a criação de novos empregos dependem da reeleição do atual presidente.

Além disso, as duas empresas estão proibidas de influenciar o voto dos colaboradores ou permitir que outras pessoas entrem no local com esse fim. Elas estão sujeitas à multa diária no valor de R$ 20 mil por infração, somada ao pagamento de R$ 10 mil por funcionário.

“Verifica-se o assédio eleitoral quando o empregador coage, intimida, ameaça, humilha constrange alguém no intuito de influenciar ou manipular a orientação política das pessoas no local de trabalho”, disse o magistrado.

Foi pedido ainda pelo MTP (Ministério Público do Trabalho) o pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos, fora R$ 2.000 para cada um dos empregados. Antes de acionar a Justiça, o órgão tentou um acordo reivindicando uma retratação pública, mas as empresas não se manifestaram.

“(O dono) fez falas pedindo voto para Bolsonaro, dizendo para não votar em Lula com discurso apelativo e mentiroso, dizendo que o Brasil pode entrar em guerra com a vitória de Lula e a empresa fechar. Ainda, disse que quem votar no Bolsonaro e levar na segunda-feira uma comprovação do voto, ganhará um pernil da empresa”, dizia trecho da denúncia.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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