Nesta semana, a XP lançou uma nova campanha de marketing com objetivo de promover seus serviços. Com o nome de #EuNãoBanco, a finalidade é a de diferenciar a instituição dos bancos tradicionais, destacando, por exemplo, a não cobrança de tarifas e dizendo que os consumidores podem gastar o dinheiro que economizariam na XP em outras finalidades. No entanto, esta propaganda foi responsável por uma forte reação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Esta campanha trouxe de volta para os holofotes uma briga antiga entre os grandes bancos e as fintechs, que estava “controlada” desde que o Banco Central elevou as exigências de capital para as instituições de pagamento.
A XP, que surgiu como uma corretora, criou seu próprio banco em 2019, mais direcionado a empresas e lançou uma conta digital sem tarifas no mês de junho. A campanha diz “Chega de bancar tarifas para usar seu próprio dinheiro”.
A XP recebeu uma resposta enérgica da Febraban após o lançamento da campanha.
“A mais recente provocação surgiu nesta semana, vinda de uma instituição que integra a Febraban, mas nega a si própria com o título #EuNãoBanco. Essa instituição é, sim, um banco, mas procura estabelecer alguma distância de seus pares. Ela pratica as mesmas atividades de um banco, preferindo fingir que vive em um universo paralelo. Parece ter vergonha daquilo que é”, falou o presidente Isaac Sidney.
Na visão dele, os bancos tem orgulho de serem o que são, e mais ainda de sua trajetória. “Ao contrário daqueles que nos provocam, temos história, força, robustez e bancamos segurança aos nossos clientes.”
O presidente da Febraban disse ainda que são os bancos que “bancam” o pagamento de bilhões de reais em benefícios sociais e o atendimento de beneficiários nas agências, desse público que não dispõe de recursos para aplicar suas economias. “Os novatos ficam protegidos em seus escritórios espelhados, no conforto de seus home offices, buscando o melhor dos mundos: o bônus e não ônus da regulação bancária”.
Por fim, Isaac disse que ser confiável, robusto e moderno ao mesmo tempo, realmente, demora. “Muitos não aguentam.”