BOLSONARO cria nova estratégia para AUMENTAR sua popularidade nas eleições 2022

O presidente Jair Bolsonaro (PL) busca a reeleição neste ano de 2022, a disputa acontece com o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). No primeiro turno o chefe da União ficou com 43,2% da preferência dos eleitores, por isso agora busca alavancar sua campanha e tentar mais votos. A estratégia usada tem sido o investimento no Auxílio Brasil, principal programa de transferência de renda do país.

BOLSONARO cria nova estratégia para AUMENTAR sua popularidade nas eleições 2022
BOLSONARO cria nova estratégia para AUMENTAR sua popularidade nas eleições 2022 (Imagem: FDR)

O Auxílio Brasil foi criado no governo Bolsonaro, passou a valer por lei em 2022 e substituiu o Bolsa Família, antigo programa que foi criado na gestão do PT em 2003. Ao dar início a um novo projeto a ideia, além de melhorar o sistema, era de desvincular o auxílio de assistência social da época de Lula e criar uma ligação com a atual presidência. Para isso, diversos investimentos foram feitos neste benefício.

Para começar, o governo fixou o mínimo de R$ 400 por família beneficiada, e incluiu novos beneficiários. Em agosto, quando foi autorizada a verba de R$ 26 bilhões em caráter emergencial para investir no Auxílio Brasil, o pagamento mínimo passou a ser de R$ 600, válido até dezembro. Além da inclusão de novos beneficiários, hoje totalizando 21,65 milhões de famílias. 

E estas ações parecem ter dado efeito já no primeiro turno das eleições. Nas cidades onde mais moradores recebem o Auxílio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro foi melhor votado do que quando disputou seu primeiro mandato em 2018. Onde mais de 25% da população recebe o benefício social, o presidente conseguiu subir seus votos em 3,6%, comparando 2018 e 2022.

Por que o Auxílio Brasil é estratégia política de Bolsonaro?

Especialistas veem as ações do governo Bolsonaro de investimento no Auxílio Brasil como estratégia política, porque a principal mudança que foi de aumento no valor do programa será válido apenas até dezembro deste ano. No Orçamento de 2023 que o atual governo já enviou para o Congresso Nacional, o auxílio não conta com a quantia reajustada para R$ 600, mas em uma média de R$ 405,00.

O presidente e sua equipe já informaram que depois das eleições eles trarão a solução mostrando como vão pagar R$ 600 por mês para 21,65 milhões de famílias. Depois de dada a sugestão, será preciso passar por uma aprovação entre deputados e senadores, com uma indicação clara de onde sairá a verba que vai custear esse projeto.

Mas por que investir no Auxílio Brasil? O programa é pago justamente por parte da população que não declara apoio concreto a Bolsonaro. São pobres, 80% dos que recebem são mulheres, e das 397 cidades onde mais de 25% da população recebe a transferência de renda, 348 desses municípios estão na região Nordeste.

O povo mais pobre, as mulheres, e os nordestinos, ainda têm dado mais preferência para Lula. Tanto que o candidato petista ganhou a maioria dos votos vindos dos estados do Nordeste, o que possibilitou ficar com 48,4% da preferência nacional.

Empréstimo consignado e as eleições

Por ainda não ser o candidato mais popular, o investimento de Bolsonaro no programa não parou, e o governo liberou também o empréstimo consignado para esse público que muitas vezes não consegue crédito nos bancos. 700 mil beneficiários já buscaram o crédito consignado do Auxílio Brasil na Caixa, e o banco já liberou cerca de R$ 1,8 bilhão aos interessados.

Para a equipe de campanha do presidente, a liberação desse crédito será capaz de virar votos de eleitores que recebem algum benefício do governo federal. De acordo com a pesquisa Ipec liberada na segunda-feira (17), nos domicílios em que há beneficiários de programas sociais, Lula lidera com 60% das intenções de voto, enquanto o atual presidente tem 36%.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]