O Ministério da Cidadania comunicou na tarde de quinta-feira (13) que o prazo para atualização do Cadastro Único havia sido prorrogado. Inicialmente, esse prazo era até esta sexta-feira (14), por isso, a notícia veio em um momento no qual milhares de pessoas já haviam superlotado a porta do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) por todo país.
As famílias que vivem em vulnerabilidade social demonstram muita preocupação com o prazo final para renovação do Cadastro Único. Isso porque, caso não cumpram com a data limite de atualização dos dados correm o risco de ter o seu salário de benefício bloqueado. Diante desse temor, as portas do CRAS de várias cidades do país estão superlotadas.
Como o processo de atualização acontece exclusivamente de maneira presencial, quando o titular do benefício e representante da família passa por uma entrevista, não há outra maneira de passar pelo procedimento que não esperando em frente ao CRAS. Agora, estas pessoas têm até novembro, pelo menos até o dia 14, para passar pelo processo de atualização.
O local fica ainda mais lotado porque além das pessoas que comparecem com o intuito de atualizar seus dados, também vão até o atendimento os interessados em fazer sua primeira inscrição no Cadastro Único. Como o local de atendimento é um só os pontos de assistência social ficam superlotados.
Quem precisa fazer a renovação do Cadastro Único
Um ponto muito importante que precisa ser evidenciado é sobre quem realmente precisa fazer a atualização de dados no Cadastro Único. Muitas pessoas estão comparecendo ao CRAS, mas sequer precisam fazer essa renovação. A convocação acontece para:
- Quem não atualizou os dados desde 2016 e 2017.
Para saber se os seus dados estão desatualizados faça a consulta no App Meu CadÚnico ou site do Cadastro Único, na opção “Consulta simples” ou “Consulta completa”.
Filas, confusão e superlotação
Mesmo após o governo ter anunciado a prorrogação do prazo de atualização do Cadastro Único, foi possível ver pessoas dormindo em frente aos pontos de atendimento do CRAS em Recife (PE). O público tem formado uma fila extensa em frente ao centro de assistência social, e para garantir o seu lugar as pessoas estão dormindo nas calçadas.
Por outros locais do país o cenário não é diferente. Em Natal (RN), a reclamação é de que as pessoas chegam cedo aos pontos de assistência, não são informadas de que é necessário agendamento, e não conseguem ser atendidas. No Rio de Janeiro (RJ) as pessoas aguardavam pelo menos 18 horas na fila de espera, e quem não consegue ser atendido no mesmo dia continua na fila para tentar o atendimento no dia seguinte.
