Bolsonaro lança proposta para garantir reajuste no PISO SALARIAL da ENFERMAGEM

Durante a sua campanha eleitoral em Recife (PE), o presidente Jair Bolsonaro (PL) informou que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria trabalhando em uma proposta para garantir o piso salarial da enfermagem. A ideia seria compensar os custos com a fixação de um piso salarial ao desonerar a folha de pagamento da saúde. 

Bolsonaro lança proposta para garantir reajuste no PISO SALARIAL da ENFERMAGEM
Bolsonaro lança proposta para garantir reajuste no PISO SALARIAL da ENFERMAGEM (Imagem: FDR)

A criação de um piso salarial da enfermagem, técnicos de enfermagem e parteiros já havia passado com sucesso pelo Congresso Nacional, e depois foi sancionada por Bolsonaro. No entanto, o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a medida porque alegou que não havia indicação de fonte de custeio capaz de garantir este pagamento sem um rombo nas contas.

Buscando uma solução para esse entrave, a Câmara dos Deputados aprovou em 11 de outubro um projeto, que já foi referendado pelo Senado, liberando R$ 2 bilhões para uso das Santas Casas e hospitais filantrópicos. Dessa forma, garantiria espaço no orçamento dos estados e municípios para que conseguissem custear o piso dos profissionais.

Na sua presença em Recife, Bolsonaro afirmou que em conversa com Paulo Guedes foi autorizada a desoneração da folha de pagamento da saúde. Dessa forma, conseguiria fazer o pagamento do piso salarial dos enfermeiros e demais profissionais da área.

Ideia de Bolsonaro para piso salarial da enfermagem repercute

Pouco depois do discurso de Bolsonaro sobre a desoneração da folha de pagamento da saúde para garantir o piso salarial da enfermagem, começaram a surgir algumas críticas. Bruno Sobral, secretário-executivo da CNSaúde (entidade que reúne as empresas do setor), disse que a desoneração seria positiva, mas incapaz de corrigir o impacto em estados mais pobres.

Ele também diz que para entidades filantrópicas e micro e pequenas empresas a ideia não traz impacto tão benéfico como gostaria, ou seja, se torna insuficiente.

Para a filantrópica é muito mais um problema de falta de receita oriunda do SUS do que de desoneração. Elas já são desoneradas. Quem está no Simples é a mesma coisa: a empresa não paga pelo lucro real ou presumido“, diz Sobral à Folha de S. Paulo.

Antonio Britto Filho, diretor-executivo da Anahp, concorda com a ideia do presidente, mas acha que para as santas casas seria insuficiente. “As Santas Casas têm defendido que haja um repasse anual direto por parte do Tesouro“, disse Britto.

Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]