Número de brasileiros que declaram operações com CRIPTOMOEDAS triplicou. Saiba como fazer

Pontos-chave
  • Agosto marcou queda de 2,7% ante julho no número de CPFs que declararam operações em criptomoedas
  • Bitcoin segue como cripto mais negociada

No mês de agosto, o número de CPFs registrados na Receita Federal que haviam declarado operações em criptomoedas foi de 1.300.535, uma queda de 2,7% em comparação com o 1.336.809 registrados em julho e quase de três vezes mais que os 439.626 de agosto de 2021. 

A quantidade de CPFs e os valores dos meses anteriores passam por alguns ajustes, em decorrência de declarações entregues com atraso. Anteriormente, o número de CPFs divulgados de julho tinha sido de 1.336,715. 

No mês de agosto, a quantidade de criptomoedas negociadas e reportadas à Receita Federal foi equivalente a R$ 11 bilhões, um volume 15,3% inferior ao registrado no mês anterior, de R$ 13 bilhões, valor corrigido dos R$ 12,8 bilhões divulgados anteriormente, e 33% menor que os R$ 16,5 bilhões registrados no mesmo mês de 2021.

As exchanges do Brasil, que devem a reportar à Receita Federal todas as transações, negociaram R$ 7,8 bilhões, uma redução de 10,3% em comparação com julho, de R$ 8,7 bilhões, e de 31,5%, contra agosto do ano passado, quando foi de R$ 11,4 bilhões.

Um montante de R$845,6 bilhões, foi o resultado das transações feitas por pessoas físicas e jurídicas em exchanges não domiciliadas no país, um volume 15,4% menor do que o registrado no mês anterior, de R$1 bilhão.

Na comparação com agosto do ano passado, é observada uma queda de 47,1%. Em casos como este, somente transações com valores superiores a R$30 mil devem ser reprovadas à Receita pelos investidores.

Dentro desta categoria, as operações de pessoas físicas totalizaram R$ 81,9 milhões, resultado 19% mais baixo que os R$ 101,2 milhões de julho, de acordo com os dados abertos da Receita. Em comparação com agosto do ano passado, de R$ 295 milhões, o montante é 72,2% menor. As operações de pessoas jurídicas bateram R$ 763,7 milhões, uma redução de 18,1% ante julho (R$ 933,1 milhões) e de 45,4% em 12 meses.

Por fim, as operações com criptomoedas sem a utilização de exchanges, isto é P2P (peer to peer) movimentaram um montante de R$2,4 bilhões. No total, o montante é 27,2% inferior ao registrado em julho (R$3,3 bilhões) e 29,4% que agosto de 2021.

Cripto mais negociada 

No mês de agosto, em número de operações, o bitcoin foi a cripto mais negociada, com 2,1 milhões, movimentando um valor de R$ 1,4 bilhão contra o R$ 1,7 bilhão registrados em julho. A quantidade de operações caiu 27,5% contra o mês anterior (2,9 milhões) e 75% maior que o registrado em agosto do ano passado (1,2 milhão).

Logo depois, aparece a altcoin ethereum, que teve 1,2 milhão em agosto, contra 1,4 milhão registrado em julho, negociando R$612,8 milhões. O número de operações é duas vezes superior ao que foi registrado em agosto do ano passado, de 506 mil.

Plataforma cripto brasileira lidera em quantidade de ativos

A startup LoopiPay, que acabou de estrear no mercado, já se tornou a líder mundial em quantidade de ativos disponibilizados para compra. A empresa entrou em um mercado acirrado de exchange de criptomoedas nacionais e estrangeiras.

Foi informado pela LoopiPay que já são oferecidas 1.960 criptos em seu portfólio, ante 1.496 ofertadas pela MEXC, atual líder no ranking monitorado pelo agregador CoinMarketCap.

A fintech aparece no caminho de um modelo de negócio diferente do escolhido por corretoras tradicionais de cripto. A Loopi Pay dispõe da grande liquidez das DeFi (finanças decentralizadas) ao invés de trabalhar com uma listagem de ofertas próprias.

A marca atua como uma ligação entre rede bancária e o mundo DeFi, sem fazer a custódia, permitindo listar um grande número de criptoativos.

Fora o Ethereum, os cerca de 2.000 ativos digitais disponibilizados rodam nas blockchains Polygon (MATIC), Avalanche (AVAX) e Fantom (FTM), e outras. O comprador precisa pagar as tarifas cobradas pela rede e com uma comissão que fica entre 0,9% e 3% sobre o valor da transação.

A LoopPay, que foi criada em maio deste ano por Cesário Martins, Felipe Brasileiro e Bechara, já deu o pontapé com aportes de Monashees, Canary e OneVC, e outros fundos de venture capital. Não foi revelado o valor da captação

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.