Mesmo preso, ‘Faraó dos Bitcoins’ tem número de votos SURPREENDENTE

Acredite se quiser! Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como “faraó dos bitcoins”, foi o segundo candidato a deputado federal mais votado em Cabo Frio. Ele está preso e impedido de realizar campanha política e mesmo assim obteve está expressiva votação.

As investigações realizadas pela Polícia Federal mostraram que na Região dos Lagos operava a base do esquema administrado por Glaidson, que foi acusado de lavagem de dinheiro, organização criminosa e crimes contra o sistema financeiro nacional. O empresário ainda responde  pela tentativa de homicídio de um concorrente, que também  ofertava investimentos em criptomoedas no município.

O “faraó” recebeu, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral, 6.833 votos em Cabo Frio, o que responde por 6% do total da cidade. Ele ficou atrás apenas da deputada federal Soraya Santos (PL), que conseguiu se reeleger ao receber  7.603 votos por lá. Mesmo com esta expressiva votação, de um voto a cada cinco eleitores, Santos não alcançou o patamar mínimo para assumir uma cadeira na Câmara.

Isto se repetiu com o sócio do “faraó”, Vicente Gadelha Rocha Neto, que desejava ser  deputado estadual no Rio de Janeiro. Mesmo tendo sido o nono candidato mais votado em Cabo Frio, sendo a escolha de 1.030 eleitores, Gadelha também não conseguiu se eleger recebendo somente 5.018 dos votos totais.

Juntos, o patrimônio declarado ao TSE por Glaidson e  Gadelha foi de R$62,65 milhões. Este valor informado é seis vezes inferior aos valores apreendidos pela PF na operação contra o grupo, que teria movimentado bilhões de reais. A polícia apreendeu cerca de R$400 milhões em criptomoedas, fora imóveis, joias e veículos.

De acordo com uma investigação da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Receita Federal, o esquema de criptomoedas de Glaidson Acásio movimentou R$ 38 bilhões.

Quando o esquema envolvendo a Gas Consultoria explodiu em 2019, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) chegou a investigar denúncias contra Glaidson, mas ela chegou a conclusão de que mesmo que os indícios sinalizassem uma pirâmide financeira, o esquema não envolvia valores mobiliários, não se encaixando no mercado de capitais regulado.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.