ENDIVIDAMENTO atinge novo RECORDE preocupante em setembro

Em setembro, o endividamento atingiu 79,3% das famílias do país. Com isso, o índice de famílias com dívidas a vencer aumentou pelo terceiro mês consecutivo. Os números foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta segunda-feira (10).

ENDIVIDAMENTO atinge novo RECORDE preocupante em setembro
ENDIVIDAMENTO atinge novo RECORDE preocupante em setembro (Imagem: Montagem/FDR)

Apesar do endividamento recorde em setembro, o índice apresentou ritmo menor em comparação ao mês anterior. Na base mensal, houve um aumento de 0,3 ponto percentual.

Além disso, em relação ao mesmo período do ano passado, o nível de famílias com dívidas a vencer também reduziu o ritmo de aumento, com elevação de 5,3 pontos percentuais. Isso representa a menor taxa anual desde julho de 2021.

Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, houve uma melhora gradual do mercado de trabalho. Ele comenta que a redução da inflação recente e as políticas de transferência de renda são aspectos que proporcionam maior disponibilidade de renda para as famílias brasileiras.

Apesar disso, o executivo destaca que o elevado patamar de endividamento e os altos níveis de juros impactam, especialmente, o orçamento familiar de menor renda. Isso porque essas pessoas as dívidas já contraídas ficam mais caras.

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Endividamento entre os mais pobres chega a nível histórico

No mês de setembro, o nível de endividamento entre os consumidores com renda abaixo de 10 salários mínimos chegou a 80,3%. Este é o maior patamar da série histórica da pesquisa.

Já com relação às famílias brasileiras com renda maior, o patamar de endividados permaneceu estável, em 75,9%.

Apesar disso, na comparação anual, o crescimento do nível de endividamento foi maior entre os mais ricos (alta de 7 pontos percentuais) em relação aos mais pobres (5 pontos percentuais).

Nível de inadimplência aumentou

No mês de setembro, o volume de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas chegou a 30%. Esse foi o maior patamar desde o começo da pesquisa, que começou em 2010. Pelo terceiro mês seguido, a taxa registrou aumento.

Por um lado, o endividamento aumentou em um ano, mas em ritmo menor. Já por outro lado, o indicador de dívidas atrasadas cresceu 4,5% — o que representa a maior taxa anual desde março de 2016.

A economista da CNC responsável pela apuração, Izis Ferreira, comenta que, mesmo que os atrasos tenham aumentado entre os consumidores das duas faixas de renda, são mais expressivas as dificuldades de pagamento de todos os compromissos do mês entre as famílias mais pobres.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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