No próximo dia 30 de outubro são esperados 156 milhões de eleitores nas urnas para escolher em segundo turno quem comandará o Brasil pelos próximos quatro anos. Em disputa, estão os nomes de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que no primeiro turno levam 48,4% e 43,2% dos votos, respectivamente. Os planos de governo têm sido lançados, e um novo público alvo parece ter sido notado nos dois lados.
A equipe de Bolsonaro tem feito um investimento pesado no Auxílio Brasil que contempla 20,65 milhões de famílias, a fim de buscar a preferência das mulheres que representam 80% do público deste programa. Além dos nordestinos que são mais de 47% dos que recebem este benefício social. Enquanto isso, Lula lançou um manifesto trazendo propostas para micro e pequenas empresas.
Não demorou para que a Caixa Econômica, banco público que demonstra apoio forte ao atual governo, lançou uma série de condições especiais para que micro e pequenas empresas consigam contratar crédito usando o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
O plano de Lula, chamado de Simples Trabalhistas, prevê linhas de antecipação de recebíveis que representa a antecipação de crédito do que a empresa ainda tem a receber em vendas. Além da criação de um ministério específico para esse setor de pequenos empreendedores.
Enquanto a ação da Caixa, que tem sido vista como uma investida da campanha de reeleição de Bolsonaro, baixou a taxa de juros da linha de empréstimo na linha Crédito Especial Empresa. Antes, a cobrança era de 1,32% ao mês, mas passou a ser de a partir de 1,24% ao mês.
Por que os empreendedores são importantes para Lula e Bolsonaro?
A diferença de Lula e Bolsonaro foi de em torno de 5%, o que demonstra uma disputa acirrada pelo segundo turno. Existem pelo menos 20 milhões de micro e pequenos empreendedores no país, por isso a conquista deste público é tão importante para os dois lados políticos.
Foi esta categoria de empresários responsável pela criação de 78% das vagas de emprego no país no ano de 2021. Para Lula a proposta serve também como um contra-ataque já que a gestão bolsonarista criou nos últimos tempos linhas de crédito para esse grupo, e desburocratização de algumas atividades.