Nesta terça-feira (4), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que deseja que o Congresso avance nos diálogos de reforma tributária e administrativa logo após as eleições 2022. A declaração foi realizada em entrevista à Rádio Bandeirantes.
Independentemente de quem assumirá o governo nos próximos quatro anos, após a conclusão do segundo turno das eleições 2022, Arthur Lira defende a votação da reforma tributária. Caso isso não aconteça nos próximos quatro meses, o presidente acredita que “é difícil ela continuar”.
Lira cita que a reforma da previdência e trabalhista foram aprovadas. Agora, seria necessário finalizar as reformas administrativa e tributária. “E com isso, vamos para outras discussões como desvinculação e desindexação”, prossegue.
O presidente da Câmara alega que “estamos em um período de transição de sentimentos”. Neste sentido, Lira afirma que será necessário, nesta semana, “sentir parlamentares”, e dialogar com os líderes.
O parlamentar afirma que, caso dependesse somente dele, o debate da reforma administrativa aconteceria logo depois das eleições 2022. Ele comenta que a proposta já está apta para ser apreciada em plenário.
No entendimento do presidente da Câmara, ambas as reformas estão amadurecidas e são necessárias. Lira acredita que os parlamentares escolhidos pela população manterão o perfil conservador, reformista e liberal do Congresso.
Orçamento deve ser ajustado após as eleições
Segundo o parlamentar, o Congresso realizará ajustes no Orçamento da União, de forma a seguir amparando os brasileiros mais vulneráveis, mas de acordo com a responsabilidade fiscal.
Lira diz estar certo que o Congresso ajustará a despesa do programa Auxílio Brasil para que seja permanente. Atualmente, o programa vem pagando parcelas de R$ 600. Conforme a lei que foi enviada pelo governo, o valor será de R$ 405 no próximo ano, após o período de eleições.
O presidente da Câmara também defendeu as emendas do relator, também conhecido como orçamento secreto.
De qualquer modo, o parlamentar entende ser um erro chamar a medida de orçamento secreto. Isso porque, segundo ele, se trata de um “orçamento municipalista”, que auxilia nas necessidades mais urgentes das pessoas.
De acordo com Lira, “é mentira que orçamento é uma coisa do Executivo e vil. Os parlamentares indicam onde os recursos devem ser aplicados e o Executivo executa”.