O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é candidato às eleições 2022. O petista não ficou nada feliz com a extinção do Bolsa Família para dar lugar ao Auxílio Brasil. Por isso, promete o retorno do programa com novo valor e número de beneficiários.
O Bolsa Família vigorou durante 18 anos amparando a população brasileira em situação de vulnerabilidade social. Apesar da popularidade do programa, o valor pago não era corrigido pela inflação e, por tempos, permaneceu pagando a média de R$ 189 aos beneficiários.
A transferência de renda atual, que começou pagando a média de R$ 217,18, elevou o benefício para R$ 600, dos quais, R$ 400 compõem a parcela fixa. O saldo de R$ 200 corresponde a uma medida temporária cuja validade termina em dezembro de 2022.
Por outro lado, os beneficiários do Auxílio Brasil têm a chance de aumentar a renda caso se enquadrem no perfil de algum dos nove benefícios secundários concedidos paralelamente à transferência de renda original.
Os R$ 600 foram regulamentados pela PEC dos Benefícios, chamando a atenção não só dos próprios beneficiários, como também dos demais candidatos à Presidência da República nas eleições 2022.
Assim, como Bolsonaro, que leva os créditos pelo aumento no benefício, Simone Tebet e o próprio Lula, principal rival do atual presidente, prometem manter o valor em 2023 se eleitos.
A diferença, no caso de Lula, é que ele deseja retomar os dias de glória do Bolsa Família. Se eleito a um terceiro mandato presidencial, o petista pretende viabilizar contrapartidas associadas ao programa mediante os setores de saúde e educação, além da reunificação do país e uma política tributária exclusiva sobre o preço dos combustíveis.
“O Bolsa Família é um programa que não é apenas uma distribuição de dinheiro. Ela tem condicionantes, a mulher tem que colocar os filhos na escola, vacinar e, se ela estiver grávida, precisa fazer o pré-natal”, explicou.
Quais são as propostas de Lula para o Bolsa Família?
De acordo com o ex-presidente, Lula, será mantido o valor de R$ 600 no retorno do Bolsa Família. Contudo, seu governo pretende pagar um bônus de R$ 150 para cada filho com até seis anos de idade.
A medida prevalecerá até que o mercado de trabalho seja aquecido, conseguindo gerar os empregos necessários para que os cidadãos vulneráveis tenham a capacidade de subsistência sem depender do programa.
“Isso é um sonho de qualquer política pública do governo. Gerar empregos, salário, mais empregos, e não ter mais programa de distribuição de renda se todo mundo estiver trabalhando”, afirmou o petista.