A coordenadora do programa econômico da campanha de Felipe d’Ávila (Novo) à Presidência da República, Marina Helena Santos, se posiciona a favor do teto de gastos e da privatização da Petrobras. As declarações foram realizadas em entrevista ao InfoMoney.
Tanto o teto de gastos quanto a privatização da Petrobras são temas amplamente abordados por candidatos nas Eleições 2022. O primeiro turno já acontecerá no próximo domingo (2).
Com relação ao teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas do governo pela inflação do ano passado, a economista de Felipe d’Ávila diz ser importante. A razão disso é conscientizar de que não se pode desperdiçar mais dinheiro.
“O que eu vejo que foi o grande valor do teto de gastos? Primeiro, que foi a primeira vez em que se falou em controlar os gastos no Brasil”, afirma.
A economista alega que o país “sempre teve gastos descontrolados, que se traduziram em hiperinflação, alta de impostos, alta de endividamento”.
O teto de gastos públicos para o Brasil passou a vigorar em 2017, e foi proposto no ano anterior pelo então presidente Michel Temer. A PEC do teto de gastos públicos limita o aumento dos gastos ficará em vigor por 20 anos — equivalente a até 2036.
Economista de Felipe d’Ávila defende privatização da Petrobras
Como forma de gerar recursos para o pagamento de passivos da União, a economista também defende a privatização da Petrobras e outras empresas estatais. No entendimento dela, “o Estado perde o foco”.
Segundo Marina, pouco tempo atrás, a Petrobras foi utilizada para finalidades políticas. Ela declara que a estatal “era uma empresa saudável e chegou a ser a empresa mais endividada do mundo”.
A economista declara que um conjunto de “maus investimentos na Petrobras que levaram a empresa a quase quebrar”.
Marina informa que tanto ela quanto Felipe d’Ávila defendem a “visão de que o Estado não tem que ser empresário”. O ideal, segundo a coordenadora, é desestatizar essas companhias “para que elas não sirvam a interesses políticos”.
De qualquer modo, a economista considera que a modelagem precisa ser bem-feita. Ela destaca a necessidade de assegurar que vai existir competição.