- O empréstimo para pessoa física pode ser a opção para salvar a vida financeiro do cidadão;
- Trabalhadores com registro em carteira têm mais vantagens;
- Antecipar alguns benefícios pode ser a solução para conseguir empréstimo.
Chega um momento da vida financeira do cidadão que a solução mais viável é pedir empréstimo. Especialistas recomendam que o crédito seja usado quando o valor obtido for maior do que as dívidas, ou quando a ideia é destinar a quantia para adquirir um bem. Listamos opções de crédito financeiro para pessoa física.
Segundo o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, no mês de agosto houve queda de 6,5% nos pedidos de empréstimo no país. A diminuição dos pedidos aconteceu principalmente para as famílias cuja renda não ultrapassa R$ 1 mil por mês, chegando a 7,8% para quem ganha de R$ 500 a R$ 1 mil. Quanto maior a renda, menor a queda de pedidos por crédito.
Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, o motivo que explica a diminuição na solicitação de empréstimo está ligada ao aumento da taxa básica de juros, a Selic. Hoje, ela está em 13,75% ao ano, a maior em seis anos, e impacta todos os tipos de financiamentos e créditos.
Ainda assim, dependendo da segurança que o banco tem em receber de volta o valor que foi emprestado, o cidadão também consegue taxa de juros melhores. É o caso do crédito consignado em que há desconto do pagamento direto no salário do trabalhador, garantindo que haverá quitação do contrato.
Tipos de empréstimo para pessoa física
Antecipando o FGTS, 13° salário ou restituição do IRPF
O trabalhador com registro em carteira tem alguns direitos garantidos. Por exemplo, o depósito mensal de 8% do seu salário bruto na conta do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), acumulando uma poupança que poderá ser recebida integralmente no caso de demissão sem justa causa.
Além disso, quando adere ao saque-aniversário do FGTS o cidadão passa a ter direito de receber de 5% a 50% do saldo disponível no fundo uma vez ao ano. Existe ainda o pagamento do 13° salário de quantia igual ao que foi pago durante os 12 meses do ano, e que pode ser distribuído em duas parcelas, em novembro e dezembro.
O valor do 13° salário também pode ser proporcional ao tempo de serviço, isto é, considerando quantos meses foram trabalhados no ano. Enquanto a restituição do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) é paga para o contribuinte que declarou o imposto, e teve valores a deduzir, isto é, descontos no valor final da tributação.
Entenda como funciona o empréstimo antecipando o recursos:
- Saque-aniversário: o trabalhador recebe de uma única vez o valor que teria direito nos próximos anos, podendo ter acesso ao saque antecipado de em média cinco anos. Como forma de pagamento, o saque aniversário do FGTS ficará bloqueado para que o banco faça o resgate em nome do trabalhador;
- 13° salário: ao invés de receber o bônus em duas parcelas, o trabalhador tem acesso a quantia de uma única vez e em qualquer mês do ano, mas com aplicação de juros. Na data que a empresa depositar o 13°, ele será recebido pelo banco como forma de pagamento;
- Restituição: liberando os dados para o banco, a instituição vai verificar quanto o cidadão tem direito de receber na restituição e vai pagá-lo, reduzindo o valor ao aplicar o juros. Assim que a Receita Federal depositar a quantia na conta do cidadão, o banco debita como forma de pagamento.
Empréstimo consignado
Ao invés de antecipar algum direito trabalhista, aderindo ao empréstimo consignado o cidadão concorda em fazer o pagamento do crédito com desconto no seu salário como funcionário, ou como aposentado e pensionista. Como o banco tem a percepção de que conseguirá receber pelo crédito, os juros nesse caso são menores.
O limite liberado vai depender do salário do cidadão e da sua margem consignável, isto é, de quanto pode ser comprometido do seu rendimento todos os meses para o pagamento de empréstimo. No caso do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), por exemplo, o cidadão pode usar até 40% da sua renda para pagar pelo empréstimo, e outros 5% para usar no cartão consignado.
Penhorando bens
Alguns bancos privados e públicos liberam empréstimo pessoal desde que o cidadão deixe como garantia de pagamento um bem material. São aceitos, por exemplo, joias, artigos luxuosos, bolsas, relógios, e até mesmo imóveis ou automóveis. Neste caso, o banco não costuma consultar se há restrição no CPF do cidadão.
Ao contratar este tipo de crédito, o bem penhorado fica em posse do banco e somente volta para o cidadão quando o empréstimo for totalmente quitado. Mensalmente as parcelas são pagas, e havendo atraso ou desistência do pagamento, o bem que foi deixado em penhor fica para o banco que deverá vende-lo para arcar com o pagamento da dívida.
