Clébio Lopes Pereira, mais conhecido como “Jacaré” e que se estava se candidatando a deputado federal pelo União Brasil-RJ, foi preso ontem, 15, no âmbito da terceira etapa da operação Apanthropia, conduzida pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O político declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 15,9 milhões, sendo que deste total, R$ 5,1 era dinheiro vivo.
O candidato não foi o único que recebeu mandado de prisão. Fábio Alves Ramos, ex-chefe de gabinete do prefeito de Itatiaia; Silvano Rodrigues da Silva, vulgo “Vaninho”, vereador e ex-prefeito interino de Itatiaia; Julio Cesar da Silva Santiago, vulgo “Julinho”, e Édnei da Conceição Cordeiro, ex-secretária de Assistência Social e Direitos Humanos de Itatiaia, também foram alvo da operação.
Geilson de Almeida, também conhecido como “Pipia”, é suplente de vereador e foi preso em flagrante.
O Ministério Público foi procurado pela UOL e revelou que também foram apreendidos com Clébio cerca de R$29 mil e US$3,1 mil (R$16 mil).
A operação do MP-RJ cumpriu ainda mandados de busca e apreensão contra outras dez pessoas acusadas de serem integrantes de uma organização criminosa responsável por crimes contra a administração pública.
Todas as ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada em Crime Organizado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), que ordenou também o afastamento de cinco vereadores e de um suplente de suas atribuições na Câmara Municipal de Itatiaia.
“visibilidade eleitoral”
Jacaré afirmou em suas redes sociais que sua prisão é decorrente do suposto aumento de sua visibilidade eleitoral. “Ela ocorre em momento em que sua candidatura a deputado federal vem crescendo em várias regiões do estado, e isso tem preocupado bastante algumas correntes políticas”.
Ele afirmou ainda que não possui relação com a prefeitura de Itatiaia ou empresas que possuem contrato com a administração. “O empresário está tranquilo, confia na Justiça, e segue focado no esclarecimento dos fatos que comrpovam a sua inocência e nas ações de sua campanha eleitoral que seguirá normalmente”.
Através de uma nota remetida ao UOL, a prefeitura de Itatiaia ressaltou que os acontecimentos foram anteriores à chegada da gestão atual, mas falou sobre apuração interna.
“Estão relacionadas a membros do Legislativo municipal e se referem a fatos anteriores à nova gestão do Executivo, que assumiu a administração em abril deste ano. Esclarece ainda que está tomando as medidas cabíveis de apuração interna”.
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