Brasil tem ALTA na demanda por viagens aéreas em julho

Entre os mais importantes mercados aéreos do mundo, o Brasil foi o único país que registrou alta na demanda doméstica no mês de julho de 2022 ante o mesmo mês de 2019, período antes da pandemia. A informação veio de uma conversa de Dany Oliveira, diretor no Brasil da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), com o Valor Econômico.

Fora a semana elevada, que vem sendo o cenário encontrado no mundo todo, o mercado aéreo nacional tem conseguido se sobressair em meio a grandes problemas e que prejudicaram a operação nos Estados Unidos e Europa, como superlotação de aeroportos, mão de obra insuficiente e greves sindicais. 

Em julho, a demanda doméstica brasileira que é medida em receita por passageiro por quilômetro ou RPK, teve um salto de 0,9% ante o período de pré-pandemia. Comparando com o mesmo mês do ano passado, o crescimento registrado foi de 24,2%.

“Nos últimos meses, o país tem apresentado uma taxa de crescimento dos RPKs muito mais acelerada do que os outros países que a gente monitora”, explicou Dany ao Valor.

Falando sobre os mais importantes mercados pelo mundo, na China foi observada uma redução de 30% na demanda em comparação com o período de antes da pandemia. Outro mercado relevante é a Austrália, que passou por uma queda de 10% na demanda doméstica em julho, também a Índia com queda de 19%, o Japão com queda de 11%) e Estados Unidos com redução de 8,4%. 

O setor está atravessando um cenário de muitas dificuldades, como por exemplo a superlotação da infraestrutura aeroportuária na Europa. Mas, o maior desafio está sendo a falta de mão de obra e conflitos com sindicatos.

Os gastos com mão de obra do setor só perdem para as despesas com combustível. O setor deve gerar 2,7 milhões de empregos ainda este ano, o que representa uma alta de 4,3% em comparação com o ano passado, ao passo que as viagens são retomadas.

No entanto, a quantidade de empregos deve seguir abaixo dos 2,9 milhões que foram contabilizados em 2019, de acordo com as projeções mais recentes revelados pela Iata. O setor acredita que este nível permaneça no curto prazo.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.
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