BOLSA FAMÍLIA pode voltar! Lula divulga orçamento do programa em 2023 se eleito

O Auxílio Brasil está prestes a completar um ano desde o lançamento. O programa chegou para substituir a antiga transferência de renda, liberada pelo tradicional Bolsa Família, criado no governo Lula e instituído no ano de 2004

BOLSA FAMÍLIA pode voltar! Lula divulga orçamento do programa em 2023 se eleito
BOLSA FAMÍLIA pode voltar! Lula divulga orçamento do programa em 2023 se eleito. (Imagem: FDR)

Desde o princípio, o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se posicionou contrário ao substituto do Bolsa Família. Por isso, como candidato às eleições de 2022, se eleito, ele promete retomar o programa em 2023 com direito a novidades. 

O tradicional Bolsa Família foi extinto após 18 anos em vigor, amparando milhares de famílias brasileiras em situação de vulnerabilidade social. Embora a oferta fosse mínima e não passasse pelo reajuste inflacionário há anos, ainda assim foi uma forma de assegurar alguma comida na mesa dessas pessoas. 

Segundo o petista, o destaque do novo Bolsa Família será a ampliação do benefício extra de R$ 150 para crianças de até seis anos de idade. Em meio às promessas de campanha e na tentativa de se sobressair aos concorrentes, Lula também prometeu manter o valor de R$ 600 pago pelo Auxílio Brasil atualmente.

Orçamento do Bolsa Família em 2023

Caso Lula seja eleito e a promessa se concretize, o benefício terá um custo de R$ 18 bilhões ao ano para os cofres da União. No entanto, é importante explicar que a medida não será implementada de imediato, segundo declarações da ex-ministra Tereza Campello, atual responsável pela campanha política do petista. 

Isso porque, diante da promessa de Lula em manter o Bolsa Família no valor de R$ 600, será preciso encontrar recursos para custear o benefício nessas condições. Lembrando que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional não faz menções do atual valor com vigência temporária, prevista somente até dezembro de 2022

“Rigorosamente nós não sabemos o que vamos encontrar em primeiro de janeiro, no caso da eleição do ex-presidente Lula. Não sabemos a real situação fiscal. A prioridade zero será encontrar recursos para garantir os R$ 600. Depois, estamos propondo um projeto por etapas”, declarou. 

Para ter uma noção das despesas sociais, apurou-se que o Auxílio Brasil no valor fixo de R$ 400 gera um custo de R$ 110 bilhões aos cofres públicos por ano. Na hipótese de o benefício ser mantido no valor elevado de R$ 600, os gastos aumentariam para R$ 160 bilhões

Logo, a primeira tratativa de Lula, se eleito, seria propor uma alteração no teto de gastos. A medida implementada no governo de Michel Temer, estabelece um limite a ser cumprido nas despesas de cada ano, impedindo novos gastos do ano anterior para outro.

Características do antigo Bolsa Família

O programa destinava um recurso mensal no valor médio de R$ 189 para famílias caracterizadas nas linhas de pobreza e extrema pobreza, com uma renda mensal per capita entre R$ 89 e R$ 178, respectivamente.

Mas para receber a cota máxima do programa, o grupo familiar deveria ser composto por gestantes, crianças ou adolescentes de até 17 anos de idade.

Enquanto isso, também existiam alguns outros benefícios complementares que aumentavam o valor mensal do Bolsa Família a depender da composição familiar, se limitando a cinco pessoas por família. Eram eles:

Além disso, o Bolsa Família pagava um benefício complementar para auxiliar as famílias a superarem a condição de extrema pobreza. Este amparo era direcionado a grupos familiares com renda mensal per capita inferior a R$ 89, mesmo após receberem os benefícios complementares mencionados.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.
Sair da versão mobile