Em junho, a taxa média de juros bancários com recursos livres, em operações com pessoas físicas e jurídicas, aumentou para 39% ao ano. No mês anterior, os juros bancários médios estavam em 38% ao ano. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (29).
De acordo com o Banco Central, a mais recente taxa média de juros bancários é a maior desde abril de 2018. Na ocasião, o valor tinha chegado a 40,6% ao ano. Ou seja, os juros bancários atuais estão no maior patamar em pouco mais de quatro anos.
Vale destacar que a taxa média de juros bancários com recursos livres não considera os segmentos rural, habitacional e também o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em novos contratos com pessoas físicas, as taxas de juros chegaram a 51,5% ao ano. Isso representa um aumento de 11,7 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor mais recente foi o maior desde junho de 2019, quando estava em 52,0% ao ano.
Já com relação aos novos contratos com pessoas jurídicas, a taxa média de juros bancários atingiu 22,6% ao ano. Em relação ao mesmo período de 2021, houve um aumento de 8,1 ponto percentual. A taxa mais recente chegou ao maior patamar desde novembro de 2017, quando atingiu 23% ao ano.
Aumento de juros bancários acompanha alta da Selic
A elevação dos juros bancários são reflexos do ciclo de alta da taxa básica de juros da economia, a Selic. Desde março do ano passado, o Banco Central vem subindo o indicador.
Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano. Este nível, inclusive, é o maior desde novembro de 2016, quando tinha chegado a 14% ao ano.
A Selic influencia todas as taxas de juros do país — inclusive as cobradas pelos bancos. Por conta disso, quando o Banco Central eleva a taxa básica de juros, fica mais caro tomar dinheiro emprestado.
O Banco Central vem elevando a taxa básica de juros como forma de controlar a inflação. No acumulado nos últimos 12 meses até julho, o aumento dos preços ao consumidor chegou a 10,07%. Apesar disso, a inflação vem dando sinais de desaceleração. O indicador de julho, por exemplo, registrou queda de 0,68%.
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