Na disputa para presidência do país, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) têm se alfinetado e apresentam propostas muito parecidas. Entre elas, o pagamento do Auxílio Brasil, crédito destinado para famílias que vivem na linha da pobreza e extrema pobreza no país. A fim de conquistar esse público, os dois candidatos têm feito a mesma pobreza: R$ 600 de auxílio em 2023.
Desde o início deste ano o Auxílio Brasil tem feito pagamentos de R$ 400, mas de agosto a dezembro o governo federal permitiu que fossem adicionados R$ 200 como parcela bônus aos inscritos. Além disso, foram inclusas mais 2,1 milhões de famílias ao programa. O que tem sido visto por especialistas como uma manobra eleitoral de Jair Bolsonaro para tentar a reeleição.
É justamente esse ponto que o oponente do atual chefe da União tem usado para provocar Bolsonaro. Em alguns pronunciamentos, Lula promete que o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil não termina em dezembro deste ano, caso ele seja reeleito, mas vai permanecer em 2023. Ele também acusa o presidente de usar esse valor adicional apenas para convencer o público a manter seu governo.
Em resposta, Bolsonaro disse que já conversou com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que o pagamento maior do auxílio permanecerá no próximo ano. E que estão sendo discutidas formas de incluir esse valor maior dentro do teto de gastos, dependendo apenas do Congresso Nacional aprovar os valores no orçamento de 2023.
O que pensa o público do Auxílio Brasil
De acordo com uma pesquisa realizada pela Genial/Quaest, entre 11 e 14 de agosto, 78% dos eleitores aprovam o valor maior pago no Auxílio Brasil. Enquanto 17% não acredita que a melhor solução seja manter o adicional de R$ 200 no pagamento. A aprovação é maior entre as pessoas de baixa renda, 84% deles.
Enquanto isso, os mais ricos que representam 71% não apoiam o valor maior. Outro ponto observado na pesquisa pesquisa é que o adicional é melhor visto pelos eleitores de Lula do que por aqueles que declararam voto em Bolsonaro. São 85% de eleitores do PT, contra 71% dos que votarão no atual presidente.