Bolsonaro conta com um prazo de entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) cada vez mais acirrado. O texto é crucial para estabelecer as despesas de 2023, entre elas, o Auxílio Brasil, responsável por amparar a população vulnerável.
O Auxílio Brasil foi lançado em novembro de 2021 pelo governo Bolsonaro, tomando o lugar do tradicional Bolsa Família que já vigorava há 18 anos. Embora tenha uma nova denominação, a premissa é a mesma, amparar os brasileiros que lutam para sobreviver em um cenário de vulnerabilidade social.
Após meses de promessas que mencionaram valores entre R$ 400 e R$ 600, o Auxílio Brasil começou pagando R$ 217,18 para pouco mais de 14 milhões de famílias vulneráveis. Somente em maio deste ano, foi regulamentado o benefício permanente que estabelece o valor fixo de R$ 400 para cada mensalidade.
Com a proximidade das eleições e a preocupação de conquistar o apoio da classe vulnerável, o governo Bolsonaro se empenhou para que a PEC dos Benefícios. Entre tantas iniciativas, o texto promove um incremento de R$ 200, elevando o valor do Auxílio Brasil para R$ 600.
Embora seja uma medida temporária, prevista para terminar em dezembro de 2022, foi o bastante para chamar a atenção do público desejado. Mas a pressão parece nunca acabar, pois agora, a ala política insiste em manter o montante de quase meio salário mínimo para 2023.
Proposta do Auxílio Brasil para 2023
No entendimento da ala política, uma alternativa em fase de estudos para que o Auxílio Brasil de R$ 600 seja mantido em 2023 é anexar uma espécie de “nota informativa” no projeto do Orçamento anual.
Vale destacar que o desejo de manter o benefício elevado no próximo ano se estende ao ex-presidente e candidato às eleições de 2022, Luiz Inácio Lula da Silva.
O petista lidera as pesquisas de intenção de voto para o pleito eleitoral deste ano, e não ficou nada satisfeito com a extinção do Bolsa Família, programa criado por ele.
Desta forma, a promessa caso ele seja eleito para um terceiro mandato presidencial é reformular a antiga transferência de renda e liberá-la no valor atual de R$ 600 ou mais.
Entretanto, é importante levar em consideração que, nem Lula nem Bolsonaro, apresentaram uma fórmula que especifique como o valor mencionado será mantido em 2023, de modo que seja encaixado no Orçamento sem promover um impacto estrondoso.
Em um cenário não muito distante, Ciro Gomes, que também é candidato às eleições de 2022 e se encontra em terceiro lugar nas pesquisas, disse que, se eleito, conjugará auxílios aos vulneráveis em mais de R$ 1 mil mensais.