Pesquisa apresenta novo REAJUSTE no preço dos alimentos até o fim de AGOSTO

A primeira deflação no país em dois anos não parece ter impactos efetivos na economia. Exemplo deste cenário é o novo reajuste no preço dos alimentos até o fim de agosto, encarecendo os itens da cesta básica

Pesquisa apresenta novo REAJUSTE no preço dos alimentos até o fim de AGOSTO
Pesquisa apresenta novo REAJUSTE no preço dos alimentos até o fim de AGOSTO. (Imagem: FDR)

Do total de 13 itens que compõem a cesta básica, 12 deles ficaram mais caros no acumulado de 12 meses. O período foi analisado pelo indicador de preço dos alimentos entre outros produtos e serviços, do Instituto Brasisleiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Este indicador é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que identificou a preocupante situação representada pela alta nos preços dos alimentos essenciais, impactando a camada mais vulnerável da população brasileira. 

A última Pesquisa de Orçamento Familiar, divulgada pelo IBGE em 2019, fez uma análise ainda mais profunda deste cenário.Na época, famílias que ganhavam até R$ 1,9 mil gastavam mais de um quinto da renda com alimentação, o equivalente a 22%. No cenário contrário, cidadãos com renda elevada investiam até 7,6% do orçamento com comida

No entendimento da assistente de projetos, Erica Batista, as famílias foram obrigadas a reduzir a lista de itens no mercado em virtude do reajuste no preço dos alimentos, sobretudo do leite e derivados. O leite foi o segundo item da cesta básica que atingiu os valores mais altos nos últimos 12 meses.

“Fizemos compra essa semana e deu para comprar só o básico do básico. Coisas com leite, então, estão impossíveis. Aqui em casa, queijo só os que meu pai compra com mineiros que vendem na porta. Nunca mais vimos mussarela”, alegou. 

Erica completou informando que a família precisou recorrer ao uso do vale-alimentação para conseguir suprir as contas do mês, enquanto os gastos semanais são direcionados ao cartão de crédito.

O analista de atendimento, Matheus Ferreira, enfrenta uma situação semelhante, dizendo que, mais de 35% do salário é gasto com alimentação dentro e fora de casa.

Deflação concentrada no preço dos alimentos

O grupo de alimentos e bebidas foi onde mais se concentraram os impactos pela alta nos preços. Em julho, notou-se um aumento de 1,30%, correspondendo a 0,28% do IPCA final

Para o economista Fábio Romão, a alta no preço dos alimentos deve chegar a 14,22% até o final de 2022. A previsão é para que se repita o cenário de 2020, quando a chegada da pandemia da Covid-19 foi responsável por desestabilizar o mercado pressionando o setor. 

“A guerra da Ucrânia trouxe um novo desarranjo para as cadeias logísticas, o dólar continua muito alto e favorecendo exportações, e mais uma vez houve questões climáticas que prejudicaram as safras”, diz Romão.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.