Deflação: entenda o fenôneno economico que afetará SEU BOLSO nos próximos meses

No mês de julho, pela primeira vez desde maio de 2020, ou seja, desde o início da pandemia de coronavírus, o Brasil teve deflação. A diminuição dos gastos é muito bem vinda, porém não é sentido por todas as camadas da sociedade.

Brasil tem DEFLAÇÃO em Julho; entenda o que isso significa e quais os IMPACTOS para o seu bolso
Deflação: entenda o fenômeno econômico que afetará SEU BOLSO nos próximos meses (Imagem: Montagem/FDR)

A deflação é quando, em vez de subirem, os preços da economia, em média, são reajustados para baixo, seu gasto de dinheiro passa a ser menor com esses itens essenciais. Ou seja, seu índice de inflação se torna negativo. Economistas explicam que isso normalmente ocorre quando há uma anomalia na economia

O IBGE informou neste dia 09 de agosto, que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA, usado nas metas de inflação) ficou negativo em 0,68%. O órgão afirma ser a menor taxa da série histórica do IBGE, iniciada no ano de 1980.

Situações atípicas, como a pandemia do Covid-19, em 2022 quando vários países do mundo, inclusive o Brasil, fizeram quarentenas para impedir a proliferação do vírus e impediram a circulação de pessoas para diversos tipos de atividades consideradas não essenciais.

Desdobramentos da deflação na economia nacional

No Brasil em julho a deflação foi consequência direta no ICMS de combustíveis e energia elétrica. O projeto do governo do presidente Jair Bolsonaro, aprovado pelo Congresso no fim de junho, ganhou um teto para as alíquotas de ICMS desses produtos com o objetivo de diminuir os gastos com a conta de luz e da gasolina às vésperas das eleições. 

Com a queda da energia elétrica e dos combustíveis, tendo esses itens forte peso na renda do brasileiro e também na inflação medida pelo IBGE, o resultado foi que, na média, o índice ficou negativo.

No entanto, isso não significa que o alívio no bolso foi sentido por todos os brasileiros, principalmente para a camada mais pobre, o peso dos alimentos no orçamento doméstico é muito maior e o gasto de dinheiro com alimentos prossegue em alta.

“Na pandemia, a gente teve queda forte da demanda, isso gerou o resultado negativo do IPCA que vimos em abril e maio de 2020, quando houve queda de preços no setor de serviços, nos alimentos, foi mais generalizado. É algo que a gente não está observando este ano”, explica Felipe Rodrigo de Oliveira, especialista em IPCA da MAG Investimentos