EMPRÉSTIMO CONSIGNADO do AUXÍLIO BRASIL é NEGADO pelos BANCOS

Após o anuncio da liberação do empréstimo consignado do Auxílio Brasil pelo governo federal, os bancos e cooperativas de crédito passaram a se programar para oferecer o produto. No entanto, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Jr., disse que para a instituição não é interessante operar o consignado para os beneficiados pelo programa social.

Empréstimo pelo AUXÍLIO BRASIL começa a ser LIBERADO nestes BANCOS
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO do AUXÍLIO BRASIL é NEGADO pelos BANCOS (Imagem: FDR)

O empréstimo consignado do Auxílio Brasil foi autorizado para todos os pouco mais de 18,1 milhões de beneficiados pelo programa. A ideia é que ao solicitar o crédito o cidadão possa comprometer até 40% da sua mensalidade para o pagamento do empréstimo. Deve ser considera a parcela de R$ 400 e não os R$ 600, já que o valor maior é temporário e termina em dezembro deste ano.

Na prática, isso significa que as famílias beneficiadas poderão arcar com parcelas de pelo menos R$ 160 por mês. O que vai fazer com que os pagamento do Auxílio Brasil sejam de R$ 240 nos próximos meses, podendo chegar a 24 parcelas, ou seja, 2 anos.

Não foi definida uma taxa de juros fixa pela legislação que liberou o empréstimo consignado do Auxílio Brasil. Isso significa que cabe as instituições bancárias determinarem quanto vão cobrar pela liberação do crédito financeiro. Ainda assim, os grandes bancos têm demonstrado pouco interesse em oferecer esse produto.

Como justificativa, o presidente do Bradesco informou que como existe a possibilidade do benefício cessar, ou seja, deixar de ser pago para aquela família, o banco não tem interesse em oferecer o consignado. O Auxílio Brasil não é um pagamento vitalício, isso significa que o pagamento pode sim ser cortado para determinados beneficiários.

“Entendemos que essas pessoas terão mais dificuldade quando o benefício cessar e, por isso, preferimos não operar”, disse Lazari a jornalistas.

Bancos negam empréstimo consignado do Auxílio Brasil

Não foi apenas o Bradesco que negou a concessão do empréstimo consignado do Auxílio Brasil, o presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, também informou que o banco não vai operar esta modalidade de crédito. Em sua justificativa, ele afirmou que “Entendemos que não é o produto certo para público vulnerável. Assim, o banco preferiu não operar“.

Percebendo as dificuldades que as famílias terão em contratar o consignado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo, a fim de defender o crédito. A presença do presidente se deu também por outros motivos, a fim de cumprir com agenda política.

A grande preocupação dos especialistas é que como os grandes bancos estão negando a concessão deste serviço, as instituições menores devem dominar esse oferecimento. A imprensa tem apurado, no entanto, que as cooperativas estão cobrando juros anuais de 78%.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]