Brasileiros passam a REDUZIR esses gastos para FECHAR as CONTAS do mês

Fatores como a alta da inflação, desemprego em massa, queda na renda e juros excessivos não formam uma combinação agradável. O resultado é a dificuldade dos brasileiros em pagar todas as contas do mês em dia, gerando uma crise a nível nacional. 

Dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira, (8), apontam que, um em cada quatro brasileiros não fecham as contas do mês. A situação é um pouco melhor para 44% dos brasileiros que conseguem pagar todas as contas, às custas de ficar sem R$ 1 no bolso no final.

Este cenário é composto por sete em cada dez brasileiros que, devido às circunstâncias financeiras, não conseguem poupar dinheiro. A pesquisa que apura a capacidade de arcar com as contas do mês foi encomendada pela CNI para o Instituto FSB Pesquisa, e já é a segunda executada somente em 2022 com foco na situação econômica e hábitos de consumo da população brasileira. 

Para obter os resultados mencionados, a pesquisa contou com a participação presencial de 2.008 entrevistados de todas as unidades federativas entre os dias 23 a 26 de julho. Desta maneira, foi possível observar que a dificuldade em fechar as contas do mês se mantém ainda que os brasileiros adotem a redução generalizada dos gastos. 

Neste sentido, seis em cada dez brasileiros afirmaram ter reduzido despesas como lazer (58%), outros deixaram de comprar produtos de uso pessoal como roupas e sapatos. Alguns grupos precisaram apertar ainda mais o cinto, sendo que 25% precisaram abrir mão de medicações, enquanto 19% deixaram de pagar o plano de saúde. 

De acordo com os dados da pesquisa, 16% dos brasileiros precisaram vender bens para conseguir dinheiro para quitar as dívidas. Outros 14% deixaram de pagar ou atrasaram o pagamento do aluguel ou prestação do imóvel

Expectativa para quitar contas do mês é alta

Mesmo diante deste cenário crítico, a pesquisa realizada pela CNI indica que a expectativa da população brasileira se mantém positiva. A esperança é chegar até o final do ano com uma folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56% acreditam que até dezembro conseguirão adquirir uma situação econômica pessoal melhor ou muito melhor. 

“Ao menos, estamos diante de um cenário de recuperação do mercado de trabalho, com redução do desemprego e aumento do rendimento da população – o que nos dá uma perspectiva de superação, ainda que gradual, dessa série de dificuldades que as famílias estão enfrentando”, afirma em nota o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.